São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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UNIFESP

Dirigente tem dúvidas sobre a ampliação da reserva

Instituição adota limite de 10% para sistema de cotas

DA SUCURSAL DO RIO DA REPORTAGEM LOCAL

A Unifesp (federal de São Paulo), que reserva 10% das vagas a alunos de escolas públicas que se declarem negros, pardos ou indígenas, faz ressalvas quanto ao projeto que implementa cotas de 50% em todas as universidades federais. Há o temor de que haja queda de qualidade nos cursos.
"Antes de estipularmos a reserva de 10%, fizemos diversos estudos para definir um percentual em que houvesse garantia de que os beneficiados acompanhariam os cursos", disse o reitor pro-tempore, Marcos Pacheco Ferraz.
"A ampliação do percentual nos traz a pergunta: será que o desempenho vai ser mantido? Apesar de o projeto estar em andamento, essa pergunta ainda não foi respondida", afirmou Ferraz, que coordenou o grupo que analisou a implementação das cotas na universidade. Ele diz, porém, que a Unifesp "está pronta para nova discussão".
Estudo divulgado em junho pela universidade mostrou que o desempenho dos cotistas foi parecido com o dos demais alunos em 21 dos 23 cursos.
Responsável pelo levantamento, o então pró-reitor de graduação, Luiz Eugênio Mello, afirmou que esse resultado só havia sido alcançado porque a reserva de vaga para cotistas era de 10%, classificada por ele como "limite" na escola.


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