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Forças Armadas vão ajudar vítimas das enchentes no Rio
Estado tem 30 mil desalojados em razão das chuvas
ANDRÉ ZAHAR
DA SUCURSAL DO RIO
LUIZA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Militares das três Forças Armadas foram mobilizados para
reforçar o atendimento às vítimas de enchentes no Rio de Janeiro. Ontem, houve diminuição do nível dos rios que cortam as regiões norte e noroeste
do Estado, as áreas mais castigadas, mas muitas regiões permanecem alagadas.
A Defesa Civil estima que haja pelo menos 30.036 desalojados e 2.155 desabrigados. Doze
municípios continuam em estado de emergência.
Cardoso Moreira (a 330 km
da capital fluminense) segue
em estado de calamidade. Dos
cerca de 12 mil habitantes, 10
mil foram afetados -eles tiveram que sair de casa, têm dificuldades para se deslocar ou
sofrem com a falta d'água. Um
hospital de campanha foi montado ontem na cidade com dois
clínicos e um pediatra.
A Marinha anunciou ontem
uma operação por tempo indeterminado. Foram cedidos dois
helicópteros, dez embarcações
e quatro caminhões para terrenos alagados. Eles serão utilizados para resgate de pessoas e
transporte de material. O batalhão do Exército em Campos
também está dando apoio às
ações com carros e 50 militares. Ainda há 350 homens do
Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil mobilizados.
A FAB (Força Aérea Brasileira) levou ontem para o aeroporto de Campos 40 toneladas
de alimentos recolhidos pela
Defesa Civil. De lá os donativos
foram distribuídos, por helicópteros, para outras cidades
da região. O Ministério da Integração Nacional determinou
no sábado a liberação de 230
toneladas de alimentos do estoque do ministério.
Os municípios afetados são
Itaperuna, Porciúncula, Natividade, Laje do Muriaé, Santo
Antônio de Pádua, Cambuci,
Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Italva, São Fidélis, Cardoso Moreira e Campos dos
Goytacazes.
Cheias dos rios
Os principais transtornos foram causados pelas cheias dos
rios Muriaé, Paraíba do Sul e
Pomba, que recebem água da
chuva em Minas Gerais e chegam ao Rio com um volume
muito acima do normal.
Em Campos (a 286 km do
Rio), um homem está desaparecido desde a noite de terça.
Para reverter o afunilamento
do rio Ururaí, cujo transbordamento deixou 10 mil desalojados e desabrigados, foram destruídos ontem dois diques
construídos por fazendeiros e
por pequenas comunidades.
Em Saturnino Braga, distrito
de Campos, três crianças, duas
de oito anos e uma de dez, morreram afogadas na tarde de sexta-feira em uma vala formada
numa área escavada.
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