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Chuva alaga ruas e fecha Congonhas por quase uma hora
À exceção da zona leste, todas as regiões de São Paulo
ficaram em Estado de atenção no 1º dia oficial do verão
No Rio de Janeiro, Forças
Armadas são mobilizadas
para atender às cerca de 30
mil desalojadas por causa
das enchentes no Estado
DA REPORTAGEM LOCAL
A chuva que atingiu São Paulo ontem à tarde interrompeu
pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas, na zona
sul, por aproximadamente uma
hora -entre 15h39 e 16h24.
Além de fechar as pistas, a
chuva deixou todas as regiões
da capital, à exceção da zona
leste, em estado de atenção por
boa parte da tarde, de acordo
com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
As vias da zona sul foram as
mais atingidas pela chuva. No
bairro do Ipiranga, as avenidas
Professor Abraão de Moraes e
Presidente Tancredo Neves tiveram trechos intransitáveis,
segundo o CGE, que determinou o fim do estado de atenção
por volta das 18h40. Na zona
oeste foram pelo menos 13 pontos de alagamento. Alguns trechos das avenidas Rebouças,
Eusébio Matoso e Cidade Jardim tiveram redução na velocidade dos veículos. Na Rebouças, o trânsito ficou parado durante quase uma hora porque a
chuva causou a queda de uma
árvore, na pista sentido bairro.
A capital teve, ao todo, 22
pontos de alagamento monitorados pelo CGE ontem. Até por
volta das 21h, seis desses locais
ainda continuavam com água.
Segundo o CGE, apenas dois
pontos na zona leste, ambos na
Vila Prudente -o viaduto José
Colassuono e a avenida Juntas
Provisórias, na divisa com o
bairro do Ipiranga-, ficaram
intransitáveis. O trecho entre
os quilômetros 15 e 12 da pista
norte da rodovia dos Imigrantes também teve lentidão causada por um alagamento.
Na Anchieta, entre os quilômetros 13 e 10, as pistas central
norte e marginal norte (sentido
São Paulo) e central sul e marginal sul (sentido litoral) precisaram ser fechadas por causa
da cheia de um rio que fica na
divisa entre São Bernardo do
Campo (ABC) e a zona sul de
São Paulo. Houve lentidão no
fluxo entre os quilômetros 13 e
16 em ambos os sentidos.
Rio de Janeiro
Militares das três Forças Armadas foram mobilizados para
reforçar o atendimento às vítimas de enchentes no Rio de Janeiro. Ontem, houve diminuição do nível dos rios que cortam as regiões norte e noroeste
do Estado, as áreas mais castigadas, mas muitas regiões permanecem alagadas.
A Defesa Civil estima que haja pelo menos 30.036 desalojados e 2.155 desabrigados.
Cardoso Moreira (a 330 km
da capital fluminense) segue
em estado de calamidade. Dos
cerca de 12 mil habitantes, 10
mil foram afetados -eles tiveram que sair de casa, têm dificuldades para se deslocar ou
sofrem com a falta d'água. Um
hospital de campanha foi montado ontem na cidade.
A Marinha anunciou ontem
uma operação por tempo indeterminado. Foram cedidos dois
helicópteros, dez embarcações
e quatro caminhões para terrenos alagados. Eles serão utilizados para resgate de pessoas e
transporte de material. O batalhão do Exército em Campos
também está dando apoio às
ações com carros e 50 militares. Ainda há 350 homens do
Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil mobilizados.
A FAB (Força Aérea Brasileira) levou ontem para o aeroporto de Campos 40 toneladas
de alimentos.
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