São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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Chuva alaga ruas e fecha Congonhas por quase uma hora

À exceção da zona leste, todas as regiões de São Paulo ficaram em Estado de atenção no 1º dia oficial do verão

No Rio de Janeiro, Forças Armadas são mobilizadas para atender às cerca de 30 mil desalojadas por causa das enchentes no Estado

DA REPORTAGEM LOCAL

A chuva que atingiu São Paulo ontem à tarde interrompeu pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas, na zona sul, por aproximadamente uma hora -entre 15h39 e 16h24.
Além de fechar as pistas, a chuva deixou todas as regiões da capital, à exceção da zona leste, em estado de atenção por boa parte da tarde, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
As vias da zona sul foram as mais atingidas pela chuva. No bairro do Ipiranga, as avenidas Professor Abraão de Moraes e Presidente Tancredo Neves tiveram trechos intransitáveis, segundo o CGE, que determinou o fim do estado de atenção por volta das 18h40. Na zona oeste foram pelo menos 13 pontos de alagamento. Alguns trechos das avenidas Rebouças, Eusébio Matoso e Cidade Jardim tiveram redução na velocidade dos veículos. Na Rebouças, o trânsito ficou parado durante quase uma hora porque a chuva causou a queda de uma árvore, na pista sentido bairro.
A capital teve, ao todo, 22 pontos de alagamento monitorados pelo CGE ontem. Até por volta das 21h, seis desses locais ainda continuavam com água.
Segundo o CGE, apenas dois pontos na zona leste, ambos na Vila Prudente -o viaduto José Colassuono e a avenida Juntas Provisórias, na divisa com o bairro do Ipiranga-, ficaram intransitáveis. O trecho entre os quilômetros 15 e 12 da pista norte da rodovia dos Imigrantes também teve lentidão causada por um alagamento.
Na Anchieta, entre os quilômetros 13 e 10, as pistas central norte e marginal norte (sentido São Paulo) e central sul e marginal sul (sentido litoral) precisaram ser fechadas por causa da cheia de um rio que fica na divisa entre São Bernardo do Campo (ABC) e a zona sul de São Paulo. Houve lentidão no fluxo entre os quilômetros 13 e 16 em ambos os sentidos.

Rio de Janeiro
Militares das três Forças Armadas foram mobilizados para reforçar o atendimento às vítimas de enchentes no Rio de Janeiro. Ontem, houve diminuição do nível dos rios que cortam as regiões norte e noroeste do Estado, as áreas mais castigadas, mas muitas regiões permanecem alagadas.
A Defesa Civil estima que haja pelo menos 30.036 desalojados e 2.155 desabrigados.
Cardoso Moreira (a 330 km da capital fluminense) segue em estado de calamidade. Dos cerca de 12 mil habitantes, 10 mil foram afetados -eles tiveram que sair de casa, têm dificuldades para se deslocar ou sofrem com a falta d'água. Um hospital de campanha foi montado ontem na cidade.
A Marinha anunciou ontem uma operação por tempo indeterminado. Foram cedidos dois helicópteros, dez embarcações e quatro caminhões para terrenos alagados. Eles serão utilizados para resgate de pessoas e transporte de material. O batalhão do Exército em Campos também está dando apoio às ações com carros e 50 militares. Ainda há 350 homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil mobilizados.
A FAB (Força Aérea Brasileira) levou ontem para o aeroporto de Campos 40 toneladas de alimentos.


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