|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
No centenário do hino nacional, mostra resgata história do autor da letra
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde pequenas, as irmãs
Cecília e Eliza Duque Estrada
eram conhecidas na escola
por serem as bisnetas do autor da letra do Hino Nacional.
Agora, já adultas, decidiram
prestar uma homenagem ao
bisavô, Joaquim Osório Duque Estrada, "e ao Brasil", como elas dizem, já que, ano que
vem, a letra da canção completa cem anos. A música foi
composta por Francisco Manuel da Silva.
A dupla está organizando
uma exposição e a publicação
de um livro e de uma cartilha
para ser distribuída em escolas -o lançamento oficial do
centenário deve ser em abril.
"Sou inconformada, porque a figura do Osório nunca
teve o valor que merecia", diz
Eliza. "Nós tínhamos a vontade de divulgar o trabalho do
Osório, mas faltava alguma
coisa", conta Cecília. "O centenário no ano que vem foi o
que nos deu o impulso." E o
impulso já as levou para o Rio.
Na Biblioteca Nacional,
mexeram no original da letra.
Depois, foram à Academia
Brasileira de Letras, da qual o
bisavô fez parte. Lá, descobriram que, quando Osório morreu, o túmulo só ganhou uma
lápide meses depois -um escritor quis fazer a doação.
"Queremos mostrar a história do Osório porque é importante para nós, brasileiros, sabermos a nossa história, e o
hino faz parte dela", diz Eliza.
Da história dele, outro fato
interessante foi o concurso
para a escolha do hino. Descobriram que, perfeccionista,
o bisavô, que era jornalista,
mudou ao menos nove passagens da letra original entre
1909 -quando foi anunciado
o vencedor do concurso- e
1922, quando ela foi oficialmente lançada para o centenário da Independência.
Elas articulam com a Secretaria de Estado da Cultura de
SP a montagem da exposição
no segundo semestre no Museu da Língua Portuguesa.
Texto Anterior: Chuva alaga ruas e fecha Congonhas por quase uma hora Próximo Texto: 2º dia de atrasos nos vôos tem bate-boca entre Infraero e Gol Índice
|