São Paulo, Domingo, 23 de Janeiro de 2000


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USP atrai morador do interior

da Reportagem Local

A proximidade do campus principal da Universidade de São Paulo atrai os migrantes do interior aos bairros da região da Cidade Universitária (zona sudoeste).
De 1991 a 1996, a cidade de São Paulo recebeu 66 mil pessoas vindas do interior. Desses, 3.500 se instalaram no bairro Raposo Tavares, ao lado da Cidade Universitária. O segundo bairro mais procurado foi o Butantã, onde fica o principal campus da USP.
Muitos desses migrantes acabam morando no Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo). A prefeitura da Cidade Universitária estima que 50% dos 2.000 moradores do Crusp tenham vindo do interior.
Isso explica porque, nos fins-de-semana, os blocos do Crusp ficam praticamente desocupados. "Isso aqui fica um marasmo nos finais de semana e nos feriados. O pessoal vai todo para o interior ver a família e levar a roupa para lavar", declarou Clarice Alvarenga, moradora do Crusp há dois anos e aluna de letras. Durante a semana, conta Clarice, o ambiente no Crusp é bem diferente. "Todo dia rola festa em algum bloco."
Estudantes com uma condição financeira melhor, que permite pagar aluguel, preferem os bairros à beira da rodovia Raposo Tavares. Cláudio Rodrigues, 22, estudante de letras que veio de Sorocaba, divide um apartamento no Jardim Bonfiglioli com três conterrâneos. "É perto da USP e dá para chegar à estrada sem pegar trânsito", explica. (OC)


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