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USP atrai morador do interior
da Reportagem Local
A proximidade do campus
principal da Universidade de São
Paulo atrai os migrantes do interior aos bairros da região da Cidade Universitária (zona sudoeste).
De 1991 a 1996, a cidade de São
Paulo recebeu 66 mil pessoas vindas do interior. Desses, 3.500 se
instalaram no bairro Raposo Tavares, ao lado da Cidade Universitária. O segundo bairro mais procurado foi o Butantã, onde fica o
principal campus da USP.
Muitos desses migrantes acabam morando no Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo). A prefeitura da
Cidade Universitária estima que
50% dos 2.000 moradores do
Crusp tenham vindo do interior.
Isso explica porque, nos fins-de-semana, os blocos do Crusp ficam praticamente desocupados.
"Isso aqui fica um marasmo nos
finais de semana e nos feriados. O
pessoal vai todo para o interior
ver a família e levar a roupa para
lavar", declarou Clarice Alvarenga, moradora do Crusp há dois
anos e aluna de letras. Durante a
semana, conta Clarice, o ambiente no Crusp é bem diferente. "Todo dia rola festa em algum bloco."
Estudantes com uma condição
financeira melhor, que permite
pagar aluguel, preferem os bairros à beira da rodovia Raposo Tavares. Cláudio Rodrigues, 22, estudante de letras que veio de Sorocaba, divide um apartamento
no Jardim Bonfiglioli com três
conterrâneos. "É perto da USP e
dá para chegar à estrada sem pegar trânsito", explica.
(OC)
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