|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para 17% dos moradores de São Paulo, cidade merece ganhar
melhor administrador de presente; segurança fica em 2º lugar
Melhor presente seria político honesto
da Reportagem Local
Políticos mais honestos e competentes. Esse é o presente que o
paulistano gostaria de dar para a
cidade de São Paulo na terça-feira,
quando ela completa 446 anos.
Dos 1.105 moradores de São
Paulo entrevistados em pesquisa
do Datafolha, 17% escolheram
uma administração pública como
o presente ideal para o município.
Desses, 7% dariam um prefeito
melhor, 6%, um novo prefeito,
mais competente e honesto, e 3%,
bons vereadores.
Há três anos, quando o Datafolha realizou pesquisa semelhante,
13% dos moradores elegeram a
administração pública como presente para a cidade. Um novo prefeito havia sido escolhido apenas
por 3%, já que Celso Pitta (PTN)
havia sido eleito no ano anterior
pela maioria da população e havia
tomado posse havia apenas duas
semanas.
Na mesma pesquisa, nenhum
paulistano havia mencionado
bons vereadores como presente.
A lembrança atual se justifica porque, durante a gestão Pitta, estourou o escândalo da máfia da propina, que resultou na cassação de
dois vereadores e um deputado.
Dois parlamentares foram presos
devido a acusações de corrupção.
O segundo presente preferido
pelo paulistano para a cidade é
uma melhor segurança, escolhido
por 13% dos pesquisados. No levantamento anterior, a segurança
havia sido o presente mais lembrado, com 15%.
O terceiro ponto que a população acha que a cidade está carente
é na economia: 9% dos paulistanos consideram que São Paulo
deveria ganhar mais empregos e
trabalho no dia 25 de janeiro. Na
pesquisa feita em 97, 6% dos entrevistados escolheram esse tema.
Devido ao aumento da corrupção, do desemprego e da violência, assuntos eleitos como presente na pesquisa anterior caíram de
cotação no aniversário de 446
anos de São Paulo.
Melhoria na qualidade do meio
ambiente, presente ideal para 9%
dos paulistanos em 97, caiu para
6%, mesmo sem a cidade ter registrado qualquer avanço na qualidade do ar.
Apoio à população carente baixou de 7% para 4%, ainda que
menores abandonados e mendigos continuem embaixo de pontes e viadutos. E, mesmo com a
crise do programa de saúde municipal, que resultou na extinção
do PAS, o índice de paulistanos
que elegeu como presente a melhoria no sistema de saúde caiu de
6% para 2%.
(OC)
Texto Anterior: Migrantes passam a ser "exportados" na década de 90 Próximo Texto: Há mais filho de baiano que de paulistano Índice
|