São Paulo, Domingo, 23 de Janeiro de 2000


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Para 17% dos moradores de São Paulo, cidade merece ganhar melhor administrador de presente; segurança fica em 2º lugar
Melhor presente seria político honesto

da Reportagem Local

Políticos mais honestos e competentes. Esse é o presente que o paulistano gostaria de dar para a cidade de São Paulo na terça-feira, quando ela completa 446 anos.
Dos 1.105 moradores de São Paulo entrevistados em pesquisa do Datafolha, 17% escolheram uma administração pública como o presente ideal para o município. Desses, 7% dariam um prefeito melhor, 6%, um novo prefeito, mais competente e honesto, e 3%, bons vereadores.
Há três anos, quando o Datafolha realizou pesquisa semelhante, 13% dos moradores elegeram a administração pública como presente para a cidade. Um novo prefeito havia sido escolhido apenas por 3%, já que Celso Pitta (PTN) havia sido eleito no ano anterior pela maioria da população e havia tomado posse havia apenas duas semanas.
Na mesma pesquisa, nenhum paulistano havia mencionado bons vereadores como presente. A lembrança atual se justifica porque, durante a gestão Pitta, estourou o escândalo da máfia da propina, que resultou na cassação de dois vereadores e um deputado. Dois parlamentares foram presos devido a acusações de corrupção.
O segundo presente preferido pelo paulistano para a cidade é uma melhor segurança, escolhido por 13% dos pesquisados. No levantamento anterior, a segurança havia sido o presente mais lembrado, com 15%.
O terceiro ponto que a população acha que a cidade está carente é na economia: 9% dos paulistanos consideram que São Paulo deveria ganhar mais empregos e trabalho no dia 25 de janeiro. Na pesquisa feita em 97, 6% dos entrevistados escolheram esse tema.
Devido ao aumento da corrupção, do desemprego e da violência, assuntos eleitos como presente na pesquisa anterior caíram de cotação no aniversário de 446 anos de São Paulo.
Melhoria na qualidade do meio ambiente, presente ideal para 9% dos paulistanos em 97, caiu para 6%, mesmo sem a cidade ter registrado qualquer avanço na qualidade do ar.
Apoio à população carente baixou de 7% para 4%, ainda que menores abandonados e mendigos continuem embaixo de pontes e viadutos. E, mesmo com a crise do programa de saúde municipal, que resultou na extinção do PAS, o índice de paulistanos que elegeu como presente a melhoria no sistema de saúde caiu de 6% para 2%. (OC)


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