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Cai inadimplência em escolas privadas de SP
Na capital tendência foi inversa a do Estado: inadimplentes foram de 9,45% em 2007 para 9,97% em 2008
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A inadimplência nas escolas
de ensino infantil, fundamental
e médio da rede particular do
Estado no ano passado foi de
8,64%, o menor índice desde
2001. Até mesmo nos meses em
que a crise mundial começou a
tomar forma, houve queda: de
outubro a dezembro houve retração, mês a mês, em relação
ao mesmo período de 2007.
A região do ABC foi a que
mais puxou a média do Estado
para baixo, com um índice de
inadimplência de 6,52% -no
ano anterior, registrou 9,17%.
Os dados foram divulgados
ontem pelo Sieeesp (Sindicato
dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo).
Em 2001, a inadimplência
média no Estado foi de 7%. Nos
anos seguintes, só subiu, atingindo o máximo de 19% em
2003. Em 2007, foi de 8,91%.
De acordo com Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do
Sieeesp, o resultado mostra que
o setor não sentiu tanto os reflexos da crise mundial.
"A inadimplência vinha caindo ano a ano. E a tendência
continuou, revelando que a
condição econômica do país é
boa. Isso mostra que esta crise
não está tão forte", disse.
Ele afirma, porém, que já há
uma preocupação no setor, especialmente nas cidades com
tendência de alta de calote, em
relação aos próximos meses.
"Há um temor de que a crise financeira possa nos trazer dificuldades, principalmente devido à falta de crédito", disse.
Na capital, a inadimplência
cresceu em setembro, outubro
e novembro no comparativo
com o mesmo período de 2007.
Em dezembro, no entanto, o resultado foi inverso: caiu de
10,36% para 7,20%. No acumulado do ano, houve aumento:
passou de 9,45% em 2007 para
9,97% no ano passado.
Houve aumento também na
Baixada Santista, que registrou
a maior taxa entre as 12 regionais do Estado, 11,01%, seguida
de perto pela região de Ribeirão
Preto, com média de 10,9%, e
Bauru, com 10,18%.
João Alberto Velloso, diretor
regional do Sieesp em Ribeirão,
disse que aumento de mensalidades não-pagas na sua região
já é reflexo de tudo que está
acontecendo na economia nacional. "A escola é uma prestadora de serviço na comunidade.
Se a inadimplência cresce no
comércio, é natural que também aumente nas escolas."
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