São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Cai inadimplência em escolas privadas de SP

Na capital tendência foi inversa a do Estado: inadimplentes foram de 9,45% em 2007 para 9,97% em 2008

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A inadimplência nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio da rede particular do Estado no ano passado foi de 8,64%, o menor índice desde 2001. Até mesmo nos meses em que a crise mundial começou a tomar forma, houve queda: de outubro a dezembro houve retração, mês a mês, em relação ao mesmo período de 2007.
A região do ABC foi a que mais puxou a média do Estado para baixo, com um índice de inadimplência de 6,52% -no ano anterior, registrou 9,17%.
Os dados foram divulgados ontem pelo Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo).
Em 2001, a inadimplência média no Estado foi de 7%. Nos anos seguintes, só subiu, atingindo o máximo de 19% em 2003. Em 2007, foi de 8,91%.
De acordo com Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp, o resultado mostra que o setor não sentiu tanto os reflexos da crise mundial.
"A inadimplência vinha caindo ano a ano. E a tendência continuou, revelando que a condição econômica do país é boa. Isso mostra que esta crise não está tão forte", disse.
Ele afirma, porém, que já há uma preocupação no setor, especialmente nas cidades com tendência de alta de calote, em relação aos próximos meses. "Há um temor de que a crise financeira possa nos trazer dificuldades, principalmente devido à falta de crédito", disse.
Na capital, a inadimplência cresceu em setembro, outubro e novembro no comparativo com o mesmo período de 2007. Em dezembro, no entanto, o resultado foi inverso: caiu de 10,36% para 7,20%. No acumulado do ano, houve aumento: passou de 9,45% em 2007 para 9,97% no ano passado.
Houve aumento também na Baixada Santista, que registrou a maior taxa entre as 12 regionais do Estado, 11,01%, seguida de perto pela região de Ribeirão Preto, com média de 10,9%, e Bauru, com 10,18%.
João Alberto Velloso, diretor regional do Sieesp em Ribeirão, disse que aumento de mensalidades não-pagas na sua região já é reflexo de tudo que está acontecendo na economia nacional. "A escola é uma prestadora de serviço na comunidade. Se a inadimplência cresce no comércio, é natural que também aumente nas escolas."


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