São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Assalto a empresa de metais preciosos termina em tiroteio

Após roubo em Guarulhos (Grande SP), houve perseguição na zona leste de São Paulo; dois pedestres foram baleados

Quadrilha formada por cerca de 15 homens levou carga de bobinas de cobalto, avaliada em R$ 1 milhão; um assaltante morreu

DO "AGORA"

Um assalto a uma empresa de Guarulhos (Grande São Paulo) que utiliza metais preciosos como matéria-prima terminou ontem em perseguição e tiroteio na zona leste de São Paulo. Dois pedestres foram baleados e um criminoso morreu.
Os assaltantes levaram pelo menos cinco caixas com bobinas de cobalto, carga avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão. Um funcionário chegou a informar que a carga roubada era de ouro, informação negada pela polícia e pela empresa.
Por volta das 10h, um grupo de cerca de 15 homens, armados com fuzis e metralhadoras, chegou em quatro carros à fábrica em Guarulhos da Umicore. A empresa é uma multinacional de origem belga, especialista na confecção de peças industriais e joias com metais nobres, como ouro e platina.
Para obrigar o vigia a abrir a porta, os ladrões teriam colocado fotos da família dele pela abertura usada para entrega de objetos. No pátio, sete assaltantes encapuzados renderam e agrediram seguranças que descarregavam um carro-forte.
"Em um minuto e meio eles entraram e saíram. Foi muito rápido", disse o delegado Douglas Dias Torres. Na hora do assalto, 40 crianças brincavam em uma quadra na empresa.
Na fuga, os criminosos saíram em comboio rumo à zona leste de São Paulo e foram seguidos pela polícia.

Tiroteio
Na região da Penha, começou o tiroteio entre policiais e ladrões. "Eles atiravam para todos os lados e acertaram duas pessoas que passavam pela rua", disse o delegado Torres. Os pedestres foram socorridos e levados ao hospital.
Dois carros policiais continuaram a perseguir um Palio Weekend, até que este parou e dois homens saíram atirando. Um conseguiu fugir. O outro suspeito, Willians Marinho Manco, 24, foi baleado. Segundo a polícia, antes de morrer ele teria o nome de um funcionário da empresa que teria fornecido informações à quadrilha.
O funcionário foi preso. Segundo a polícia, ele ofereceu um acordo: se fosse libertado, entregaria os nomes dos integrantes da quadrilha.
Para a polícia, os criminosos queriam roubar ouro e platina, mais valiosos e que estavam no carro-forte, mas acabaram levando o cobalto, cujo quilo custa aproximadamente R$ 220. A Umicore se recusou a dizer o que foi roubado.


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