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Finalidade de sequestro
"dá no mesmo", diz FHC
FERNANDO RODRIGUES
ENVIADO ESPECIAL A ESTOCOLMO
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, em Estocolmo, que "dá no mesmo" se
foi comum ou com finalidades
políticas o sequestro do publicitário Washington Olivetto.
Em entrevista a jornalistas chilenos que também estão em Estocolmo para acompanhar o presidente do Chile, Ricardo Lagos, na
cúpula da Governança Progressista (leia texto na pág. A8), FHC
respondeu a algumas perguntas
sobre o caso, que tem chilenos envolvidos. Falou em espanhol.
Pergunta - O sr. qualifica como
delito comum ou político?
Fernando Henrique Cardoso - Eu
não tenho elementos para saber.
Mas, que é comum, já o é. Se é político, é pior.
Pergunta - É ruim para o governo
do Chile?
FHC - Nós sabemos que o Chile
não tem nada a ver com isso. Isso
tem a ver com essa onda de terrorismo, que nunca se sabe o que é
ideológico, político ou banditismo. Para mim, dá no mesmo. Não
é aceitável que pessoas sejam sequestradas para se obter fundos,
não importa para que fins.
Pergunta - E sobre a extradição?
FHC - Isso é uma questão técnica
e eu não poderia lhes dizer algo
porque depende do Supremo Tribunal Federal. Mas ainda não há
nem condenação e não se pode
extraditar.
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