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Para secretaria,
número cresceu
7,6% em um ano
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo discorda dos dados de roubo de
cargas apresentados pelo
Setcesp. Segundo o diretor
do Deic (Departamento de
Investigações sobre o Crime
Organizado), Godofredo
Bittencourt Filho, o crescimento do crime de 2000 a
2001 foi de 7,6%. Para o sindicato, a estatística é de 16%.
A diferença entre os números se explica pela metodologia dos estudos. Enquanto o Setcesp trabalha
com o universo de transportadoras sindicalizadas, seguradoras e empresas que levam espontaneamente registros de roubo de cargas
para a pesquisa, a secretaria
faz suas análises com base
no número de boletins de
ocorrência dos crimes.
"Não quero polemizar dizendo qual estudo é melhor,
todos os estudos são válidos", afirma o coronel Paulo
Roberto de Souza, responsável pelo estudo do Setcesp.
Receptadores
Segundo o diretor do Deic,
desde 2000 a polícia tem como prioridade o combate
aos receptadores para diminuir o número de roubos de
carga em São Paulo.
Mesmo assim, o número
de receptadores presos pela
polícia naquele ano foi inferior ao de ladrões. A Delegacia de Roubo de Cargas
-que conta com efetivo de
dois delegados e cerca de 40
policiais- prendeu cerca de
500 compradores, contra
600 assaltantes, em 2000.
De acordo com Bittencourt, o Deic promove uma
campanha em parceria com
a iniciativa privada para que
as mercadorias transportadas recebam uma identificação de lote.
No caso dos cigarros
-um dos produtos mais visados pelos assaltantes-, o
cuidado seria maior. O delegado recomenda que a identificação seja usada para definir as áreas de comercialização do produto. Assim, cigarros com identificação de
Ribeirão Preto não poderiam ser comercializados
por receptadores em Santos.
O diretor do Deic avisa, no
entanto, que o número de
roubos de carga deve subir
neste ano, impulsionado pelo crescimento da economia.
(ANDRÉ NICOLETTI E RENATO ESSENFELDER)
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