MIRELLA DOMENICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Fortes, pontes e museus. A Baixada Santista é uma das regiões do litoral que mais tem história para contar (veja quadro abaixo).
A começar pela cidade de São Vicente, que foi a primeira vila brasileira. No bairro Japuí, por exemplo, é possível encontrar registros de vários séculos. É lá que fica a ponte pênsil, primeira do gênero no Brasil, inaugurada em 1914, para conduzir o emissário de esgoto até o morro Itaipu.
A poucos metros dali, fica o porto das Naus, de 1532, primeiro ponto de comércio entre os navios que chegavam à região.
Da ponte é possível também avistar o marco padrão, monumento dado pelo governo português à cidade em comemoração aos 400 anos de São Vicente.
Devido à posição estratégica da região, vários fortes e fortalezas foram construídos principalmente no século 16 para proteger a costa contra ataques de piratas e inimigos da coroa portuguesa. Guarujá, Bertioga e Praia Grande são as cidades que concentram os fortes na região, como a Fortaleza de Itaipu (Praia Grande), onde funciona hoje o 6º Grupo da Artilharia de Costa Motorizado do Exército, e o forte São João (Bertioga), o primeiro do país.
Em Santos, o destaque fica para o centro histórico, que desde 1997 vem passando por um processo de revitalização. Para uma visita rápida, a melhor opção são os bondes turísticos que fazem um trajeto de dez minutos pelas principais ruas e praças do centro. A bordo desses bondes, idosos contam curiosidades do passado.
Quem tiver um pouco mais de tempo, deve conhecer a Bolsa do Café, também no centro. Lá funciona o Museu do Café, o Centro de Preparação de Café e uma cafeteria, onde se pode provar a bebida. O prédio foi inaugurado em 1922. Três décadas depois, os pregões foram suspensos, mas até hoje a bolsa oferece a cotação do mercado cafeeiro de Santos.


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