São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA
Irmã também foi atingida e estava internada em UTI
Menina morre atropelada por acusado de disputar racha

FERNANDA SANTIAGO
da Agência Folha

Uma menina morreu e outra ficou ferida durante um suposto racha, às 18h de anteontem, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
As irmãs Elisa, 10, e Evelyn Martins, 14, andavam pela calçada da rodovia da Uva, próximo ao km 76, quando foram atropeladas pelo Corsa Sedan dirigido por Marcelo Nunes Monteiro, 21. Ele se acidentou em seguida.
Elisa morreu no local. Evelyn foi internada na UTI do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, em estado grave.
Segundo Erineu Sebastião Portes, delegado de Colombo, há indícios de que Monteiro disputava corrida. A polícia acredita que depoimentos e laudo pericial poderão comprovar isso.
"As pessoas que presenciaram o acidente disseram que Monteiro estava em alta velocidade, apostando corrida com um jovem que dirigia um Monza. O motorista do outro carro fugiu quando viu o atropelamento", disse o delegado.
Monteiro, que é filho do chefe do cartório da cidade, deverá depor depois que receber alta do hospital Cajuru, onde está internado. Ele teve fraturas pelo corpo e permaneceu sedado ontem.
De acordo com o delegado, se ficar confirmada a ocorrência de um racha, o acusado será indiciado por homicídio doloso (com intenção). Nesse caso, ele irá a júri popular, e a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
O advogado criminalista José Luiz Bicudo Pereira informou que o racha é considerado crime intencional, pois o acusado assume, conscientemente, o risco de provocar a morte de pessoas.



Texto Anterior: Justiça: SP retoma punições alternativas
Próximo Texto: Menino de 9 pode ter feito outra vítima
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.