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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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Asfixia mata 9.000 bebês por ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Um socorro adequado ajudaria a diminuir o total de 9.000 mortes anuais de bebês que ocorrem no país relacionadas à oxigenação inadequada. "São muitas mortes para algo potencialmente evitável", diz Ruth Guinsburg, professora da disciplina de pediatria neonatal da Unifesp.
Ela destaca que não só a reanimação adequada evitaria as mortes, mas também um bom acompanhamento durante a gravidez e a correta intervenção em problemas maternos. Doenças da mãe, como hipertensão, podem levar à asfixia do bebê.
Estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo entre 97 e 98 em 85 hospitais públicos e privados mostrou que apenas 24% tinham todos os equipamentos necessários para a reanimação do recém-nascido. Percentual semelhante foi encontrado em estudo feito em 96 em Belo Horizonte.
"Quando há uma atuação rápida, em quase 100% dos casos há uma recuperação imediata", diz José Orleans da Costa, coordenador do programa de reanimação neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, sobre os casos de asfixia. "Os pais têm de verificar se há equipamentos de ressuscitação no hospital." No mundo, 1 milhão dos 5 milhões de bebês que nascem todos os anos morrem por causa da asfixia.


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