São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011 |
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Bonecos adesivos "família feliz" viram moda no trânsito Motoristas colam nas traseiras dos carros modelos que retratam pais, mães, crianças e até bichos de estimação IRENE RUBERTI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Começou com um casal simpático e seus filhos sorridentes. A sogra, o cachorro e o papagaio chegaram logo em seguida. Os adesivos representando uma família feliz ganharam a traseira dos carros e viraram moda. Os bonequinhos, que começaram a se tornar mais populares a partir do segundo semestre de 2010, não param de ganhar cada vez mais modelos e novas versões. Tem pai careca ou cabeludo, mãe perua, bebê e várias opções de pets, que vão de gato e cachorro a coelho e tartaruga. Só a empresa Job Adesivos, que atende pela internet e em uma loja no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, oferece cerca de 200 modelos de adesivos. O pedido também pode ser personalizado. "Já encomendaram um boneco com perna engessada e um pai falecido, com asas, como um anjo", diz o proprietário, Germano Spadini da Silva Júnior, 31. A empresa vende de 8.000 a 9.000 unidades por mês. Cada adesivo custa R$ 3 e os pedidos personalizados podem chegar a R$ 5. "As mulheres são as que mais compram", conta Alexandre Augusto Cunha, 34, sócio da empresa Store One. São mais de 50 modelos de bonequinhos, com preços que vão de R$ 5,50 a R$ 8,50. "Os campeões de venda são o pai executivo, carregando notebook, e a mãe perua, de celular e sacola de compras." Existe até uma versão estilizada da família, representada por havaianas. Um chinelão para o pai, um menor para a mãe e pares pequenos dos filhos. "Criamos esse adesivo para ser uma opção diferente e está vendendo bem", afirma Camila Salema, 32, da empresa Leguts. A cartela com 24 pares é vendida por R$ 45,00. A empresa desenvolve duas linhas de família feliz para comercializar pela internet no próximo mês. Nos congestionamentos, os autocolantes chamam a atenção. "Pelos retrovisores, vejo o pessoal dos outros carros apontando e comentando sobre os nossos adesivos", conta o empresário André Monteiro Carvalho, 40. Há cinco meses, o empresário colou os bonequinhos em seu carro, representando ele, a mulher, os dois filhos, a sogra e o cachorro. INFORMAÇÃO Há quem tema usar os autocolantes por achar que estará dando informações para bandidos, que pelos adesivos poderiam saber hobbies e profissões da família. A Polícia Militar de São Paulo, por meio de sua assessoria, informa que não "há estudos que relacionem o uso dos adesivos e a criminalidade". Os adesivos também fazem sucesso em vídeo postados no YouTube. Por exemplo, em uma gravação bem-humorada, intitulada "A Guerrilha dos Adesivos de Família", um grupo de rapazes cola as figuras, sugerindo relações extraconjugais e filhos fora do casamento. Em um dos carros estacionados, também são colocados dois bonequinhos iguais, como se o veículo pertencesse a um casal gay. Texto Anterior: Em dia tenso, Kassab sofre duas derrotas na Câmara Próximo Texto: Vida privada fica exposta, diz socióloga Índice | Comunicar Erros |
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