São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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Informalidade do setor pode chegar a 40%

DA REPORTAGEM LOCAL

A informalidade do setor farmacêutico no Brasil varia de 20% a 40% e gera uma perda anual entre R$ 2 a R$ 3 bilhões em arrecadação de impostos e recolhimento de taxas estaduais e federais. Os dados constam em estudo coordenado pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) em 2006.
Segundo o estudo, também são práticas comuns as vendas sem nota fiscal ou o descarte da nota ao longo da cadeia de fornecedores, além da adulteração da nota quanto ao destino da mercadoria. A carga é enviada por um destino, mas nos documentos consta um outro caminho.
"Essa informalidade, além da sonegação, põe em risco a saúde pública. No caso do roubo de carga, inicialmente o produto foi autêntico, mas, depois, ninguém sabe como ele foi manipulado", afirma André Franco Montoro Filho, presidente do Etco.
Para ele, quando implantado, o sistema de rastreamento dos remédios será uma das formas de se coibir a informalidade do setor, especialmente os roubos. "Se você tem um identificador único do medicamento e se houve um roubo, por exemplo, fica muito fácil identificar o produto", diz ele.
Na avaliação de Montoro Filho, mesmo que a adoção do sistema implique em custos à indústria farmacêutica, eles são inferiores aos benefícios. "O custo do seguro vai cair, as farmácias também terão redução do custo operacional. Todo mundo vai ganhar com isso." (CC)


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