São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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Anvisa quer rastrear produto desde a fábrica

DA REPORTAGEM LOCAL

Como forma de coibir os roubos e as falsificações de medicamentos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda um mecanismo de rastrear os remédios.
A idéia é que todos os medicamentos, dos simples antigripais até os tarja-preta, possam ser monitorados: começando nas fábricas, passando pelos caminhões que levam aos distribuidores até o momento da venda no balcão das farmácias.
"Cada remédio terá seu DNA, o número de identificação que será só dele", explica Dirceu Raposo de Mello, presidente da Anvisa. As agências de vigilância nos EUA e na Europa estudam soluções semelhantes.
Foi feita uma consulta pública em que especialistas propuseram 13 soluções tecnológicas de mecanismos de rastreabilidade e autenticidade que poderiam ser utilizados pela agência -desde selos especiais até chips eletrônicos.
Segundo Mello, a nova tecnologia terá de possibilitar a identificação imediata da autenticidade do produto. Para isso, será criado um identificador único de medicamento, que consiga rastrear as movimentações de um produto por meio de consulta a banco de dados eletrônico que funcione 24 horas por dia, todos os dias da semana.
"Com isso, a gente espera inibir o roubo. Em algum momento, alguém vai ter de explicar o porquê de determinado produto que tinha de estar em Goiás está no Ceará", explica.
Mello diz que a idéia é que o sistema reúna informações industriais que ficarão disponíveis em um banco de dados para as autoridades sanitárias.
A Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) apóia o desenvolvimento de mecanismos que melhorem a rastreabilidade dos remédios, mas defende que cada empresa tenha o controle de todo o processo.
Segundo Lauro Moretto, diretor técnico-regulatório da entidade, se a Anvisa quiser saber o destino de determinado remédio, ela procurará a empresa. Para ele, um sistema único só valerá a pena se ele estiver integrado a outros países. Na Europa, por exemplo, deverá existir um sistema único para todos os países do bloco. (CC)


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