|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Anvisa quer rastrear produto desde a fábrica
DA REPORTAGEM LOCAL
Como forma de coibir os roubos e as falsificações de medicamentos, a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) estuda um mecanismo de
rastrear os remédios.
A idéia é que todos os medicamentos, dos simples antigripais até os tarja-preta, possam
ser monitorados: começando
nas fábricas, passando pelos caminhões que levam aos distribuidores até o momento da
venda no balcão das farmácias.
"Cada remédio terá seu DNA,
o número de identificação que
será só dele", explica Dirceu
Raposo de Mello, presidente da
Anvisa. As agências de vigilância nos EUA e na Europa estudam soluções semelhantes.
Foi feita uma consulta pública em que especialistas propuseram 13 soluções tecnológicas
de mecanismos de rastreabilidade e autenticidade que poderiam ser utilizados pela agência
-desde selos especiais até
chips eletrônicos.
Segundo Mello, a nova tecnologia terá de possibilitar a identificação imediata da autenticidade do produto. Para isso, será
criado um identificador único
de medicamento, que consiga
rastrear as movimentações de
um produto por meio de consulta a banco de dados eletrônico que funcione 24 horas por
dia, todos os dias da semana.
"Com isso, a gente espera inibir o roubo. Em algum momento, alguém vai ter de explicar o
porquê de determinado produto que tinha de estar em Goiás
está no Ceará", explica.
Mello diz que a idéia é que o
sistema reúna informações industriais que ficarão disponíveis em um banco de dados para as autoridades sanitárias.
A Febrafarma (Federação
Brasileira da Indústria Farmacêutica) apóia o desenvolvimento de mecanismos que melhorem a rastreabilidade dos
remédios, mas defende que cada empresa tenha o controle de
todo o processo.
Segundo Lauro Moretto, diretor técnico-regulatório da
entidade, se a Anvisa quiser saber o destino de determinado
remédio, ela procurará a empresa. Para ele, um sistema único só valerá a pena se ele estiver
integrado a outros países. Na
Europa, por exemplo, deverá
existir um sistema único para
todos os países do bloco.
(CC)
Texto Anterior: Informalidade do setor pode chegar a 40% Próximo Texto: Garoto de 11 anos é solto depois de ficar 6 dias em cativeiro Índice
|