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Chefe da polícia nega interferência de lobista
Mário Jordão Toledo Leme afirmou
que houve troca com outra delegada
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado-geral da Polícia
Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, informou
ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que a transferência do delegado Paulo Roberto Boberg Barongeno "não
teve qualquer forma de influência" do advogado Luiz Roberto Pardo ou da juíza federal
Maria Cristina Barongeno.
Segundo Leme, "a movimentação funcional foi resultante
da comunhão de vontades entre a autoridade policial [Barongeno] e a delegada Elenilce
Gabriel Bittancourt", que estava trabalhando na capital. A
transferência foi publicada no
Diário Oficial no dia 2.
Sobre o funcionário da Delegacia Geral de Polícia identificado como "Glauco" (citado
por Barongeno no grampo da
PF), Leme esclareceu que na
Assistência Policial Administrativa, trabalha um delegado
chamado Glaucus Vinicius Silva, "cuja atribuição é preparar e
encaminhar para publicação
todas as movimentações funcionais da Polícia Civil".
Questionado sobre a possível
articulação de Barongeno para
tratar da sua transferência de
distrito, o delegado geral informou "desconhecer qualquer
outra articulação que não a permuta realizada entre as autoridades policiais, com a anuência
de suas hierarquias".
O secretário da Segurança
Pública, Ronaldo Marzagão, foi
questionado sobre a transferência de Barongeno, por meio
de e-mail enviado aos seus assessores de imprensa, mas não
se manifestou.
O advogado Luiz Guilherme
Moreira Porto, que defende
Luiz Roberto Pardo, diz que
não pode falar sobre as suspeitas sobre seu cliente porque o
inquérito da Operação Têmis
está sob segredo de Justiça.
O advogado diz que apresentará a defesa de Pardo no momento adequado.
O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor da juíza
Maria Cristina Barongeno, não
foi localizado pela Folha na última sexta-feira.
A reportagem também solicitou junto à Secretaria da Segurança Pública entrevista
com o delegado Barongeno,
mas não teve resposta.
(MCC e AC)
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