São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2004

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EDUCAÇÃO

Reajuste oferecido a funcionários e professores das universidades estaduais paulistas é de 2%, retroativo a maio

Grevistas recusam proposta de reitores de SP

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Representantes de funcionários e professores das três universidades estaduais paulistas decidiram ontem manter o indicativo de greve -que completa hoje 57 dias. A categoria não aceita a proposta dos reitores de 2% de reajuste, retroativo a maio.
Uma nova reunião está marcada para segunda-feira, às 17h, na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A proposta de 2% foi reapresentada anteontem à noite, em Campinas, após uma reunião que durou cerca de seis horas entre reitores e representantes das categorias.
Os professores e funcionários das universidades estaduais paulistas -USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp- estão em greve desde o dia 26 de maio. De acordo com eles, a proposta não cobre perdas com a inflação. Eles pedem uma reajuste de 9,41%.
O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Paulistas) também propôs um possível adicional em outubro, caso a arrecadação do governo estadual tenha aumento.
Os funcionários da Unicamp -que haviam suspendido a greve há duas semanas- acenaram ontem com o retomada da paralisação a partir do dia 3 de agosto, quando os alunos voltam de férias. No dia 2, um grupo de 200 alunos das três universidades estaduais invadiu o prédio da reitoria da Unicamp, quebrou vidros, espalhou móveis e pichou paredes durante uma reunião do Cruesp.

Paraíba
Estudantes da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) decidiram em assembléia, realizada anteontem, entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação engrossa o movimento de servidores da universidade, que já estavam em greve havia um mês, o que vinha prejudicando o andamento das aulas. Professores têm indicativo de greve marcado para o próximo dia 27 deste mês.
Docentes e funcionários pedem reposições salariais e a implantação de um plano de cargos e carreira. Como forma de apoio e pressão, estudantes decidiram deixar de ir às aulas.
Na sexta-feira, alunos já haviam decidido promover um bloqueio a prédios do campus, que ficam em João Pessoa, o que ocorreu de segunda até quarta-feira. Em nota, a reitoria da UFPB classificou o protesto de "antidemocrático".


Colaborou EDUARDO DE OLIVEIRA, da Agência Folha


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