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EDUCAÇÃO
Reajuste oferecido a funcionários e professores das universidades estaduais paulistas é de 2%, retroativo a maio
Grevistas recusam proposta de reitores de SP
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Representantes de funcionários
e professores das três universidades estaduais paulistas decidiram
ontem manter o indicativo de greve -que completa hoje 57 dias. A
categoria não aceita a proposta
dos reitores de 2% de reajuste, retroativo a maio.
Uma nova reunião está marcada para segunda-feira, às 17h, na
Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas). A proposta de 2%
foi reapresentada anteontem à
noite, em Campinas, após uma
reunião que durou cerca de seis
horas entre reitores e representantes das categorias.
Os professores e funcionários
das universidades estaduais paulistas -USP (Universidade de
São Paulo), Unesp (Universidade
Estadual Paulista) e Unicamp-
estão em greve desde o dia 26 de
maio. De acordo com eles, a proposta não cobre perdas com a inflação. Eles pedem uma reajuste
de 9,41%.
O Cruesp (Conselho de Reitores
das Universidades Paulistas) também propôs um possível adicional em outubro, caso a arrecadação do governo estadual tenha aumento.
Os funcionários da Unicamp
-que haviam suspendido a greve
há duas semanas- acenaram ontem com o retomada da paralisação a partir do dia 3 de agosto,
quando os alunos voltam de férias. No dia 2, um grupo de 200
alunos das três universidades estaduais invadiu o prédio da reitoria da Unicamp, quebrou vidros,
espalhou móveis e pichou paredes durante uma reunião do
Cruesp.
Paraíba
Estudantes da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) decidiram em assembléia, realizada anteontem, entrar em greve por
tempo indeterminado.
A paralisação engrossa o movimento de servidores da universidade, que já estavam em greve havia um mês, o que vinha prejudicando o andamento das aulas.
Professores têm indicativo de greve marcado para o próximo dia 27
deste mês.
Docentes e funcionários pedem
reposições salariais e a implantação de um plano de cargos e carreira. Como forma de apoio e
pressão, estudantes decidiram
deixar de ir às aulas.
Na sexta-feira, alunos já haviam
decidido promover um bloqueio
a prédios do campus, que ficam
em João Pessoa, o que ocorreu de
segunda até quarta-feira. Em nota, a reitoria da UFPB classificou o
protesto de "antidemocrático".
Colaborou EDUARDO DE OLIVEIRA, da
Agência Folha
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