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OUTRO LADO
Governo diz que ritmo de obras irá acelerar
Agência federal e concessionária negam atraso em cronograma, mas dizem que gastos
subirão neste semestre
DE BRASÍLIA
Os investimentos nas rodovias federais privatizadas
no final de 2007 serão "acelerados" neste semestre e não
há atrasos no cronograma,
alegam a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a empresa OHL, que
detém as principais estradas.
A agência, que é ligada ao
governo federal, tem a expectativa de que, desde julho,
período mais seco, obras na
pista deveriam se acelerar.
Os gastos vão aumentar,
para a ANTT, também devido
ao fim das pendências ambientais em obras como a duplicação de parte da serra do
Cafezal, na Régis Bittencourt, e da BR-101, no Rio.
Mas os engarrafamentos
na serra do Cafezal não têm
data para acabar, porque a
parte mais delicada da obra
não tem licença ambiental.
A perspectiva é mais negativa no trecho da Grande SP
da Fernão Dias, onde está
proibido o tráfego de caminhões em determinadas horas de domingos e feriados.
Isso porque seria preciso
retificar o traçado em uma região altamente urbanizada.
O diretor da OHL Francisco Moura da Costa, questionado ao apresentar o balanço da empresa no primeiro
semestre, diz que a concessionária vem buscando cumprir seus cronogramas.
Costa declarou que, como
são poucas as obras na Grande SP e as estradas estão saturadas, a OHL vai investir
pesado na operação (para
tentar impedir que um acidente afete demais o tráfego).
Ele afirmou que o fluxo de
veículos pedagiados nas federais está, em média, entre
10% e 15% abaixo do esperado. Mas que, mesmo assim,
há dinheiro para investir.
"Já obtivemos licenças e
não estamos sendo limitados
[por falta de caixa]. As obras
vão exigir esforço brutal de
mobilização. E elas [concessões federais] já estão entrando na normalidade."
A Folha indagou Costa se,
caso a OHL não obtiver financiamento de longo prazo do
BNDES, será possível manter
as concessões. "Não. O valor
de investimentos é de R$ 5 bilhões. Não há concessão,
com qualquer preço de pedágio, que pague investimentos e custos operacionais."
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