São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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OUTRO LADO

Governo diz que ritmo de obras irá acelerar

Agência federal e concessionária negam atraso em cronograma, mas dizem que gastos subirão neste semestre

DE BRASÍLIA

Os investimentos nas rodovias federais privatizadas no final de 2007 serão "acelerados" neste semestre e não há atrasos no cronograma, alegam a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a empresa OHL, que detém as principais estradas.
A agência, que é ligada ao governo federal, tem a expectativa de que, desde julho, período mais seco, obras na pista deveriam se acelerar.
Os gastos vão aumentar, para a ANTT, também devido ao fim das pendências ambientais em obras como a duplicação de parte da serra do Cafezal, na Régis Bittencourt, e da BR-101, no Rio.
Mas os engarrafamentos na serra do Cafezal não têm data para acabar, porque a parte mais delicada da obra não tem licença ambiental.
A perspectiva é mais negativa no trecho da Grande SP da Fernão Dias, onde está proibido o tráfego de caminhões em determinadas horas de domingos e feriados.
Isso porque seria preciso retificar o traçado em uma região altamente urbanizada.
O diretor da OHL Francisco Moura da Costa, questionado ao apresentar o balanço da empresa no primeiro semestre, diz que a concessionária vem buscando cumprir seus cronogramas.
Costa declarou que, como são poucas as obras na Grande SP e as estradas estão saturadas, a OHL vai investir pesado na operação (para tentar impedir que um acidente afete demais o tráfego).
Ele afirmou que o fluxo de veículos pedagiados nas federais está, em média, entre 10% e 15% abaixo do esperado. Mas que, mesmo assim, há dinheiro para investir.
"Já obtivemos licenças e não estamos sendo limitados [por falta de caixa]. As obras vão exigir esforço brutal de mobilização. E elas [concessões federais] já estão entrando na normalidade."
A Folha indagou Costa se, caso a OHL não obtiver financiamento de longo prazo do BNDES, será possível manter as concessões. "Não. O valor de investimentos é de R$ 5 bilhões. Não há concessão, com qualquer preço de pedágio, que pague investimentos e custos operacionais."


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