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Polícia prende dois supostos neonazistas em Porto Alegre
Prisão ocorreu após ataque a faca contra segurança negro
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A Polícia Civil do RS prendeu
ontem dois homens suspeitos
de integrar um grupo neonazista, após um ataque a faca contra
um segurança negro em estação de trens em Porto Alegre.
Segundo a polícia, o ataque
foi por volta da 0h. O vigilante
foi atacado após advertir os supostos neonazistas, que haviam
urinado na plataforma.
O segurança Agnaldo da Silva, 30, foi chamado de "negro
sujo" antes de levar uma facada
no pescoço, conforme testemunhas. Ele passa bem.
Dois suspeitos fugiram e outros dois foram detidos: Daniel
Fabrício de Oliveira, 21, e Laureano Toscani, 24, apontado
pela polícia como chefe de uma
facção neonazista no Estado.
"Toscani é um dos principais
líderes neonazistas do Sul", disse o delegado Paulo César Jardim. Toscani já esteve preso,
segundo ele, no RS e em SP.
Os dois serão indiciados sob
suspeita de tentativa de homicídio, crime de intolerância racial e formação de quadrilha.
Somadas, as penas vão de 5 a 14
anos de prisão.
Em depoimento, Toscani e
Oliveira negaram o ataque. A
Folha não conseguiu contatar
os suspeitos e seus advogados.
Ligações
Considerados os mais ativos
do país, os grupos neonazistas
do RS têm histórico de ataques
a judeus e estão articulados
com facções de outros Estados.
Segundo o delegado Jardim,
Toscani tem ligações com a
morte de duas pessoas em briga
interna entre grupos neonazistas no Paraná em maio deste
ano. Ele nega a acusação.
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