São Paulo, sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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Polícia prende dois supostos neonazistas em Porto Alegre

Prisão ocorreu após ataque a faca contra segurança negro

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Polícia Civil do RS prendeu ontem dois homens suspeitos de integrar um grupo neonazista, após um ataque a faca contra um segurança negro em estação de trens em Porto Alegre.
Segundo a polícia, o ataque foi por volta da 0h. O vigilante foi atacado após advertir os supostos neonazistas, que haviam urinado na plataforma.
O segurança Agnaldo da Silva, 30, foi chamado de "negro sujo" antes de levar uma facada no pescoço, conforme testemunhas. Ele passa bem.
Dois suspeitos fugiram e outros dois foram detidos: Daniel Fabrício de Oliveira, 21, e Laureano Toscani, 24, apontado pela polícia como chefe de uma facção neonazista no Estado.
"Toscani é um dos principais líderes neonazistas do Sul", disse o delegado Paulo César Jardim. Toscani já esteve preso, segundo ele, no RS e em SP.
Os dois serão indiciados sob suspeita de tentativa de homicídio, crime de intolerância racial e formação de quadrilha. Somadas, as penas vão de 5 a 14 anos de prisão.
Em depoimento, Toscani e Oliveira negaram o ataque. A Folha não conseguiu contatar os suspeitos e seus advogados.

Ligações
Considerados os mais ativos do país, os grupos neonazistas do RS têm histórico de ataques a judeus e estão articulados com facções de outros Estados.
Segundo o delegado Jardim, Toscani tem ligações com a morte de duas pessoas em briga interna entre grupos neonazistas no Paraná em maio deste ano. Ele nega a acusação.


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