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ES proíbe a venda de 14 marcas de água
Problemas encontrados foram fontes sem autorização, equipamentos de captação de água enferrujados e documentação irregular
As proprietárias das marcas se comprometeram ontem a fazer um recall a partir de hoje e a descartar os lotes recolhidos pelo Estado
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Vigilância Sanitária do Espírito Santo proibiu nesta semana a venda de todas as 14
marcas de água mineral envasadas por 12 concessionárias no
Estado, após o DNPM (Departamento Nacional de Produção
Mineral) constatar irregularidades nas empresas.
Os principais problemas encontrados foram fontes sem
autorização, mistura de águas,
equipamentos de captação de
água enferrujados, documentação irregular e rótulos em discordância com o produto ou
com normas do DNPM.
A vigilância coletará amostras das marcas para análises e
inspecionará as empresas.
As proprietárias das marcas
se comprometeram ontem
-em reunião com a Secretaria
da Saúde, Procon e Ministério
Público Estadual- a fazer um
recall a partir de hoje e a descartar os lotes. O total de lotes
ainda não foi divulgado. A multa é de R$ 50 mil por empresa,
para cada descumprimento.
Ontem, a vigilância divulgou
resultado de análises em sete
das nove marcas já recolhidas.
Todas são próprias para o consumo - a mineira Gellosa e as
capixabas Pedra Azul, Uai,
Xuap, Dupote, Acqua Reale e
Campinho. As outras cinco
marcas ainda serão recolhidas.
Como resultado das inspeções do DNPM, o órgão interditou 11 das 12 concessionárias
que têm permissão para envasar e vender água mineral no
Estado. Sete empresas foram
totalmente interditadas - Nadir Rosa Tonoli, Amboss Mineração, Machal Empresa Min.
Alfredo Chaves, Xuap Indústria
e Comércio, Linhágua Mineração, Mineração Calogi e Água
Mineral Litorânea. A Empresa
de Mineração Litorânea não foi
interditada, mas a Vigilância
determinou mesmo assim a
proibição da venda da água.
Quatro empresas foram parcialmente interditadas -Águas
Minerais Brasileiras, Refrigerante Coroa, Água Pedra Azul e
Jasmin-Jaspe. A Amboss conseguiu a desinterdição.
Os primeiros laudos do
DNPM apontaram presença de
coliformes totais (bactérias de
origem animal e orgânica) e
Pseudomonas aeruginosa (bactéria que pode causar infecção)
em marcas de nove empresas.
Ao contrário do que foi divulgado anteriormente pelo órgão, não foram detectados coliformes fecais. "Em princípio,
não é preocupante o que foi encontrado, apenas é uma questão de adequação de parque industrial", disse Olívia Tirelo,
diretora do DNPM no Estado.
A maior parte dos lotes é distribuída no Espírito Santo, Minas, Rio e Bahia.
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