São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ES proíbe a venda de 14 marcas de água

Problemas encontrados foram fontes sem autorização, equipamentos de captação de água enferrujados e documentação irregular

As proprietárias das marcas se comprometeram ontem a fazer um recall a partir de hoje e a descartar os lotes recolhidos pelo Estado

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Vigilância Sanitária do Espírito Santo proibiu nesta semana a venda de todas as 14 marcas de água mineral envasadas por 12 concessionárias no Estado, após o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) constatar irregularidades nas empresas.
Os principais problemas encontrados foram fontes sem autorização, mistura de águas, equipamentos de captação de água enferrujados, documentação irregular e rótulos em discordância com o produto ou com normas do DNPM.
A vigilância coletará amostras das marcas para análises e inspecionará as empresas.
As proprietárias das marcas se comprometeram ontem -em reunião com a Secretaria da Saúde, Procon e Ministério Público Estadual- a fazer um recall a partir de hoje e a descartar os lotes. O total de lotes ainda não foi divulgado. A multa é de R$ 50 mil por empresa, para cada descumprimento.
Ontem, a vigilância divulgou resultado de análises em sete das nove marcas já recolhidas. Todas são próprias para o consumo - a mineira Gellosa e as capixabas Pedra Azul, Uai, Xuap, Dupote, Acqua Reale e Campinho. As outras cinco marcas ainda serão recolhidas.
Como resultado das inspeções do DNPM, o órgão interditou 11 das 12 concessionárias que têm permissão para envasar e vender água mineral no Estado. Sete empresas foram totalmente interditadas - Nadir Rosa Tonoli, Amboss Mineração, Machal Empresa Min. Alfredo Chaves, Xuap Indústria e Comércio, Linhágua Mineração, Mineração Calogi e Água Mineral Litorânea. A Empresa de Mineração Litorânea não foi interditada, mas a Vigilância determinou mesmo assim a proibição da venda da água.
Quatro empresas foram parcialmente interditadas -Águas Minerais Brasileiras, Refrigerante Coroa, Água Pedra Azul e Jasmin-Jaspe. A Amboss conseguiu a desinterdição.
Os primeiros laudos do DNPM apontaram presença de coliformes totais (bactérias de origem animal e orgânica) e Pseudomonas aeruginosa (bactéria que pode causar infecção) em marcas de nove empresas.
Ao contrário do que foi divulgado anteriormente pelo órgão, não foram detectados coliformes fecais. "Em princípio, não é preocupante o que foi encontrado, apenas é uma questão de adequação de parque industrial", disse Olívia Tirelo, diretora do DNPM no Estado.
A maior parte dos lotes é distribuída no Espírito Santo, Minas, Rio e Bahia.


Texto Anterior: Hoje, cirurgia só é feita quando há risco para mulher ou bebê
Próximo Texto: Outro lado: Situação já está regular, dizem empresas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.