São Paulo, sábado, 24 de abril de 2010

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"Eu tentei negociar com ela", diz americano

Birotte, que é chefe de cozinha, afirma que ex-jogadora de vôlei disse que viria ao Brasil de férias e decidiu não voltar

Norte-americano diz que mandou e-mails para Hilma antes da decisão judicial e que não quer que o filho tenha a mãe na cadeia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Do Rio de Janeiro, o americano Kelvin Birotte, 43, aguarda a possibilidade de o filho voltar aos Estados Unidos, depois de mais de quatro anos no Brasil em companhia exclusiva da mãe. Birotte, que trabalha como chefe de cozinha num hotel no seu país, se casou com a brasileira em Las Vegas, em 2004.
Com fotos do filho no Facebook, ele diz que tentou negociar um acordo extrajudicial com a mãe da criança e que se ressente pela situação atual.

 

FOLHA - Como a disputa começou? KELVIN BIROTTE - Honestamente, não sei. Num momento, achei que tudo estava bem. No outro, ela [Hilma Caldeira] disse que ficaria no Brasil e não voltaria com meu filho. Ela disse que queria vir ao Brasil de férias, partiu no dia 18 de abril e deveria voltar no dia 18 de julho. Ela ligou e disse que não voltaria.

FOLHA - O senhor conseguiu na Justiça Federal a volta do seu filho para os Estados Unidos. Vai discutir a questão da guarda no seu país?
BIROTTE -
Sim, porque ela desrespeitou a lei nos Estados Unidos, desrespeitou a lei internacional. E agora está desrespeitando a lei no Brasil. Ela deveria devolvê-lo a mim.

FOLHA - Quando foi a última vez que o senhor viu seu filho?
BIROTTE -
Quando eu fui à Justiça, em 2007. Tive que ir a Belo Horizonte. Vi meu filho e fiquei um tempo com ele. Tenho fotos minhas brincando com ele.

FOLHA - O senhor tem falado com seu filho desde 2007?
BIROTTE -
Sim, ela me deixou falar com ele duas vezes pelo telefone. Em janeiro, eu falei pela segunda vez. É triste porque meu filho é brasileiro e americano. Ele poderia ter a oportunidade de ter o melhor que os dois países poderiam oferecer.

FOLHA - Ele fala inglês?
BIROTTE -
De forma limitada.

FOLHA - O senhor sabe onde está sua ex-mulher agora?
BIROTTE -
Eu tentei mandar e-mails para ela várias vezes, pelo Facebook, para tentar resolver de forma pacífica. Eu não quero vê-la em mais problemas do que ela tem agora. Eu não quero que meu filho tenha a mãe na cadeia por desrespeitar a lei. Antes da decisão do juiz, eu liguei para ela várias vezes, eu estava disposto a algum tipo de acordo. Ainda estou tentando.

FOLHA - O sr. espera ter seu filho de volta aos Estados Unidos em breve?
BIROTTE -
Tenho esperança e estou rezando. (JN)


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