São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 2002

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OUTRO LADO

Secretaria atribui crescimento à barbárie do crime

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, não quis comentar o aumento de mortes por policiais. Em nota enviada à Folha, sua assessoria atribui o fato à atuação do crime organizado e suas "demonstrações de barbárie". Leia a íntegra.
"O crescimento do crime organizado, com demonstrações de barbárie e armamentos ilegais de potência elevada, fez com que o confronto armado entre policiais e criminosos ganhasse uma proporção de risco também elevada.
"O policial tem por obrigação defender a integridade física do cidadão e garantir a segurança da população; no caso de resistência à prisão, a lei também lhe garante agir em legítima defesa e, mesmo assim, o percentual de policiais mortos em confronto com criminosos aumentou 21,27% em relação ao mesmo período do ano anterior (janeiro a maio de 2002).
"Em razão disso, o governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Segurança, visando coibir a ação dos criminosos, passou a melhor equipar a polícia. Só neste ano, já foram entregues 1.503 viaturas e 708 armas de calibre .40 em todo o Estado. Foram realizados programas de treinamento, como o curso superior integrado de polícia, e abertos vários concursos. A palavra de incentivo do secretário vem acompanhada de uma polícia mais bem preparada para defender a população e fazer cumprir a lei.
"Em relação à comissão de letalidade, a assessoria de imprensa informa que os integrantes da comissão têm completa autonomia para convocar suas reuniões.
"A frase "bandido bom é bandido morto" é antiga, está ultrapassada e, nos dias de hoje, só é utilizada por políticos de visão retrógrada.
"A frase não faz parte do vocabulário do jovem secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho.
"O coronel da reserva José Vicente esteve no comando do 1º Batalhão do Interior (S. José dos Campos) até 93. Se naquela época o discurso empregado por ele dava tal conotação, nove anos depois os policiais têm outra visão. A PM vive outro momento, está aberta à integração com a Polícia Civil e muito mais próxima da população."


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