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OUTRO LADO
Secretaria atribui crescimento à barbárie do crime
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Segurança,
Saulo de Castro Abreu Filho,
não quis comentar o aumento de mortes por policiais.
Em nota enviada à Folha,
sua assessoria atribui o fato à
atuação do crime organizado e suas "demonstrações de
barbárie". Leia a íntegra.
"O crescimento do crime
organizado, com demonstrações de barbárie e armamentos ilegais de potência
elevada, fez com que o confronto armado entre policiais e criminosos ganhasse
uma proporção de risco
também elevada.
"O policial tem por obrigação defender a integridade
física do cidadão e garantir a
segurança da população; no
caso de resistência à prisão, a
lei também lhe garante agir
em legítima defesa e, mesmo
assim, o percentual de policiais mortos em confronto
com criminosos aumentou
21,27% em relação ao mesmo período do ano anterior
(janeiro a maio de 2002).
"Em razão disso, o governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Segurança, visando coibir a ação
dos criminosos, passou a
melhor equipar a polícia. Só
neste ano, já foram entregues 1.503 viaturas e 708 armas de calibre .40 em todo o
Estado. Foram realizados
programas de treinamento,
como o curso superior integrado de polícia, e abertos
vários concursos. A palavra
de incentivo do secretário
vem acompanhada de uma
polícia mais bem preparada
para defender a população e
fazer cumprir a lei.
"Em relação à comissão de
letalidade, a assessoria de
imprensa informa que os integrantes da comissão têm
completa autonomia para
convocar suas reuniões.
"A frase "bandido bom é
bandido morto" é antiga, está ultrapassada e, nos dias de
hoje, só é utilizada por políticos de visão retrógrada.
"A frase não faz parte do
vocabulário do jovem secretário da Segurança, Saulo de
Castro Abreu Filho.
"O coronel da reserva José
Vicente esteve no comando
do 1º Batalhão do Interior (S.
José dos Campos) até 93. Se
naquela época o discurso
empregado por ele dava tal
conotação, nove anos depois
os policiais têm outra visão.
A PM vive outro momento,
está aberta à integração com
a Polícia Civil e muito mais
próxima da população."
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