DA FOLHA RIBEIRÃO

O julgamento de um preso que está no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara (SP), previsto para acontecer na próxima segunda, em São Simão (SP), foi adiado para agosto porque o presídio está lacrado.
Com o fim da rebelião no final de semana passado, supostamente liderada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), a direção do presídio soldou as portas do único dos quatro pavilhões que sobrou -hoje, cerca de 1.600 presos estão aglomerados nesse pavilhão.
Com as portas soldadas, ninguém entra e ninguém sai. Aglomerados no pavilhão, cuja capacidade é para 160 homens, os presos estão recebendo comida por uma espécie de compartimento no teto, aberto apenas para a passagem da comida.
De acordo com o juiz da Vara de Execuções Penais, José Roberto Bernardi Liberal, não existe possibilidade de tirar um preso da unidade. "Não dá para entrar lá e tirar um no meio de 1.600. Nem pelo teto dá para sair porque tem grade."
Ainda segundo Liberal, muitos julgamentos [de presos do Anexo] já foram adiados e muitos ainda serão. "Não dá para contar, mas é bastante."
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária informou que não há previsão para transferências e nem para o início das obras nos pavilhões destruídos.
Segundo a secretaria, o levantamento dos estragos ainda está sendo feito.


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