São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Bill Gates investirá em campanha contra o tabagismo

Serão aplicados US$ 500 mi em ações que visam aumentar impostos sobre o fumo e proibir cigarro em locais públicos

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, vai arcar com metade do dinheiro da campanha, cujo foco são países em desenvolvimento


DO "NEW YORK TIMES"

O fundador da Microsoft, Bill Gates, e o prefeito de Nova York, Michael R. Bloomberg, anunciaram que vão gastar US$ 500 milhões para combater o tabagismo no mundo.
Paula Johns, diretora-executiva da Aliança Brasileira de Controle do Tabagismo, participou da cerimônia em que foi feito o comunicado ontem, em Nova York.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o tabaco vai matar mais de um bilhão de pessoas no século 21, a maioria delas em países pobres e emergentes. Na tentativa de diminuir esse número, a fundação Bloomberg planeja investir US$ 250 milhões em quatro anos, além dos US$ 125 milhões anunciados dois anos atrás.
A fundação Bill e Melinda Gates investirá US$ 125 milhões em cinco anos
O dinheiro será gasto em uma campanha chamada MPower, cujos objetivos são aumentar significativamente os impostos sobre o cigarro, proibir o fumo em locais públicos, proibir a publicidade que possa atingir crianças e vetar a distribuição gratuita de cigarros.
Além disso, serão elaboradas campanhas publicitárias contra o tabaco e a distribuição de adesivos de nicotina (patches) para ajudar pessoas a deixarem de fumar.
A campanha vai concentrar esforços nos cinco países que mais consomem cigarros: China, Índia, Indonésia, Rússia e Bangladesh.
O médico Richard Peto, epidemiologista que lidera um grupo que estuda os efeitos do fumo nos países em desenvolvimento, disse que o anúncio é "uma notícia excelente".
"Eu estou certo de que isso irá evitar milhões de mortes na minha geração e centenas de milhões na geração dos meus filhos", disse.
Catherine Armstrong, porta-voz da British American Tobacco -uma das companhias ocidentais que focaram suas vendas no Terceiro Mundo-, não comentou diretamente a iniciativa, mas disse: "Nós não temos problemas com organizações governamentais que educam sobre os riscos do tabaco".


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