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Para Defensoria, classe média de AL recorre mais
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
Cerca de 70% dos que
procuram a Defensoria Pública de Alagoas para conseguir tratamento médico
são da classe média, diz o
chefe do núcleo de Saúde
Pública do órgão, Othoniel
Pinheiro.
"Somos mais procurados
pela classe média porque,
de uma maneira geral, a
maior parte da população
ainda não conhece seus direitos", afirmou Pinheiro.
Embora ainda sejam minoria, o defensor diz que
pessoas de baixa renda começam a procurar o serviço
com mais frequência. Muitas são encaminhadas por
médicos e ONGs sensibilizados com casos de demora
excessiva no atendimento.
Foi assim com a aposentada Maria Noêmia Marques Vieira, 65. Após quase
sete meses tentando conseguir tratamento para um
câncer de mama pelo SUS
(Sistema Único de Saúde),
ela foi instruída por seu médico a procurar a Justiça.
Quinze dias após dar entrada no pedido, conseguiu ser
ser operada.
"Sempre tinha uma desculpa. Estava em greve, ou
não tinha médicos ou material para exames. Esperei
mais de quatro meses para
conseguir uma mamografia", afirmou a aposentada.
"Para mim, a Defensoria
Pública servia para outra
coisa", disse.
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