São Paulo, sábado, 24 de julho de 2010

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Para Defensoria, classe média de AL recorre mais

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Cerca de 70% dos que procuram a Defensoria Pública de Alagoas para conseguir tratamento médico são da classe média, diz o chefe do núcleo de Saúde Pública do órgão, Othoniel Pinheiro.
"Somos mais procurados pela classe média porque, de uma maneira geral, a maior parte da população ainda não conhece seus direitos", afirmou Pinheiro.
Embora ainda sejam minoria, o defensor diz que pessoas de baixa renda começam a procurar o serviço com mais frequência. Muitas são encaminhadas por médicos e ONGs sensibilizados com casos de demora excessiva no atendimento.
Foi assim com a aposentada Maria Noêmia Marques Vieira, 65. Após quase sete meses tentando conseguir tratamento para um câncer de mama pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ela foi instruída por seu médico a procurar a Justiça. Quinze dias após dar entrada no pedido, conseguiu ser ser operada.
"Sempre tinha uma desculpa. Estava em greve, ou não tinha médicos ou material para exames. Esperei mais de quatro meses para conseguir uma mamografia", afirmou a aposentada. "Para mim, a Defensoria Pública servia para outra coisa", disse.


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