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Ex-bancário foi à Justiça por medicamento
RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO
Por força de uma decisão
da Justiça, o ex-bancário
Wanderley Leocádio, 45, recebe regularmente do SUS
(Sistema Único de Saúde),
desde 2007, uma droga para
tratar seu linfoma (câncer
do sistema linfático).
Atualmente, Leocádio
precisa tomar o remédio a
cada três meses. Cada dose
custa cerca de R$ 10 mil.
Ele descobriu a doença
logo após perder o emprego. Sem plano de saúde, recorreu às farmácias públicas. Não achou o remédio.
"Se não fosse pela decisão da Justiça, ou eu teria
vendido meu apartamento
ou teria morrido", afirma.
O ex-bancário recebeu a
ajuda da Abrale, uma entidade que defende pacientes
com linfoma e leucemia,
para apresentar o pedido à
Justiça. A liminar judicial
saiu em poucos dias.
"Tenho pouco a reclamar
do SUS. Sou atendido por
uma médica de hospital pública e, nesse ponto, nunca
tive problemas. O governo
só peca na hora de fornecer
o medicamento. Imagino
que seja pelo preço."
O linfoma é o mesmo câncer que Dilma Rousseff,
candidata do PT à Presidência da República, descobriu
ter no ano passado.
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