São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011 |
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Sobreposição de carências facilita os problemas DE SÃO PAULO Os impactos sociais das grandes obras não ocorre à toa. As carências do local em que se instalam impulsionam os problemas, dizem os especialistas. "O bode expiatório acaba sendo a migração. O problema, na verdade, é que ela ocorre numa região onde já há uma sobreposição de carências", diz Rosana Baeninger, professora do departamento de Demografia da Unicamp. "Tem de ter um planejamento do município. Não pode deixar na mão de empreiteira, que jamais vai pensar na população." Maria Luiza Duarte Araujo, da ONG Coletivo Mulher Vida, de Pernambuco, diz que pouco é feito. "O impacto social das grandes obras só agora está começando a ser considerado no país. Daí a ser previsto, é outra coisa. É muito aquém do que deveria ser feito", afirma. Já a professora Rosa Ester Rossini, especialista em Geografia Humana da USP, diz que problemas semelhantes ocorrem, por exemplo, na agricultura. Segundo Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo, foi criado um projeto para avaliar o caso, abortado por falta de verba. "O Estado deveria arcar com as compensações sociais, em conjunto com as construtoras", diz. (ADRIANO BRITO) Texto Anterior: Saiba mais: Obras de Jirau e Santo Antônio são os casos mais novos Próximo Texto: Análise: Impacto social das construções costuma ser ignorado no país Índice | Comunicar Erros |
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