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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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Lei não diminui crimes em Barueri

DA REPORTAGEM LOCAL

O comandante da Polícia Militar na Grande São Paulo, o coronel Jairo Paes de Lira, 50, determinou que seja estudado o caso de Barueri, em uma tentativa de entender por que os homícios cresceram na cidade apesar da existência da lei seca desde 2001.
"Apesar de a cidade ser a pioneira [a primeira das últimas que aderiram à lei], não temos conseguido o mesmo êxito de outras regiões. Estabilizamos, mas não sabemos o que houve", afirma.
Desde a aprovação da lei, em março de 2001, a cidade mostrou estabilidade em seus números de homicídios, mas fechou com recorde de crimes o primeiro semestre deste ano: 67 -a pior marca na vigência da lei.
Suzano e Itapecerica da Serra seguem atrás de Barueri entre as que tiveram aumento de assassinatos neste ano: 34,29% e 36,36%. A comparação compreende o primeiro semestre de 2002 e 2003.
"A lei, por si só, não leva ao reino da paz, mas é uma medida típica, de ação imediata ao alcance do prefeito", afirma o secretário municipal de Cultura, Lazer e Criança de Barueri, João Palma, 47.
Segundo ele, uma pesquisa de opinião feita pela prefeitura mostrou que, no ano passado, 87% da população era a favor do fechamento dos bares às 23h.
Em Suzano, a polícia acredita que houve uma migração de crimes por causa de um detalhe da lei. As padarias, mesmo vendendo bebidas, não têm que fechar às 23h. "Quem vivia no bar, vai beber na padaria", diz o capitão Célio de Andrade Almada Júnior, comandante da PM na cidade.
O Comando de Policiamento Metropolitano definiu como prioridade o apoio às leis que restringem o funcionamento de bares na Grande São Paulo. Com menos bares abertos, segundo a PM, os policiais podem se concentrar em outros atendimentos.

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