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Tabaco mata 2,3 homens para cada mulher
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa coordenada pelo
pneumologista Paulo César
Corrêa, da Fundação Hospitalar de Minas, mostra pela primeira vez em detalhes como
morreram os fumantes de 16
capitais brasileiras em 2003.
Uma das revelações do estudo é
que, para cada mulher, morrem
2,3 homens.
"As mulheres começaram a
fumar massivamente depois
dos homens no Brasil. Como as
doenças do tabaco demoram 30
anos para aparecer, elas não
sentiram ainda o impacto total
do tabaco. Isso deve ocorrer na
próxima década", diz Corrêa.
O estudo mostra que o fumo
mata de forma diferente homens e mulheres. Entre eles, a
maior causa é a doença cardíaca isquêmica. Já entre elas é a
obstrução crônica das vias respiratórias. Câncer de pulmão, o
grande fantasma dos fumantes,
é a terceira causa de morte de
homens e a quarta de mulheres.
As diferenças hormonais explicam em parte essas diferenças, mas Corrêa diz que é preciso estudar melhor a população
brasileira para entender as diferenças que o fumo causa em
homens e mulheres. "Com esse
tipo de estudo, dá para criar políticas públicas de prevenção
que tenham alvos claros. Hoje
tudo é muito genérico", afirma.
Segundo a pesquisa, Curitiba
tem a maior taxa de mortalidade (250,1 mortes para cada 100
mil habitantes), seguida por
Porto Alegre (246,4).
(MCC)
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