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Distrito mais
seguro da capital
opta pelo "não"
DO "AGORA" E
DA REPORTAGEM LOCAL
O "não" era recorrente ontem na boca dos eleitores do
distrito da Consolação (centro), privilegiados por morar
na região mais segura da capital. No ano passado, a
Consolação, que compreende os bairros de Vila Buarque, Higienópolis e Pacaembu, teve a menor taxa de homicídios -foi apenas um,
segundo pesquisa da Fundação Seade (Sistema Estadual
de Análise de Dados).
A maioria dos moradores
justificava o voto contrário à
proibição do comércio de
armas e munição no país
alegando não querer perder
direitos. "As pessoas têm de
ter o direito de ter armas",
disse a professora aposentada Alcida Mesquita Carneiro, 64. Para o estudante de
direito Flavio Salles, 22, que
também votou "não", "o governo não tem como desarmar os bandidos".
Em 2004, foram registrados 272 homicídios no distrito mais violento de São
Paulo, o Grajaú, segundo a
Fundação Seade. Ainda assim, o referendo pareceu
não ter despertado o interesse de quem vive na região.
O motivo da apatia? O estudante Anderson Ferreira
da Costa, 23, dá uma explicação: "Nem o "sim" nem o
"não" poderiam mudar nada
aqui no Grajaú", diz ele, que
quer ser segurança. É a mesma sensação da empregada
doméstica Maria Josefa da
Silva, 42. "Nenhum dos dois
vai adiantar nada para a gente mesmo." Votou no não.
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