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País tem menos alunos por docente
da Sucursal de Brasília
O Brasil tem uma das menores
médias de aluno por professor no
ensino superior entre os 43 países
pesquisados pela OCDE. São 11,8
alunos para cada docente nas universidades públicas e privadas
-média inferior à dos países da
OCDE, que é de 16,7.
Só México e Hungria têm menos
alunos por professor no ensino
superior do que o Brasil, com médias de 9,4 e 9,9, respectivamente.
Se forem analisadas apenas as
universidades públicas, o número
de alunos por professor no país cai
ainda mais: são 9,4 para cada docente. Na avaliação do governo, o
problema é haver poucos alunos,
não excesso de professores.
Sobram vagas nas universidades
públicas brasileiras porque a
maioria dos cursos é oferecida durante o dia, impedindo a entrada
dos que trabalham. Outros entram, mas desistem ao longo do
ano. As notas de corte muito elevadas nos vestibulares também fazem com que vagas fiquem ociosas. "Precisamos melhorar o desempenho da universidade pública brasileira, diminuindo essa
evasão de 40% e colocando em
prática novas modalidades de curso superior, como os cursos sequenciais", disse Maria Helena
Guimarães, presidente do Inep.
Os cursos sequenciais duram no
máximo dois anos e dão um diploma de nível superior ao aluno. Nos
países da OCDE, os cursos sequenciais respondem por 30% da
oferta de ensino superior.
Enquanto as salas de aula das
universidades brasileiras estão semivazias, a realidade nas escolas
públicas de ensino médio e fundamental é bastante diferente.
No ensino médio, o Brasil é o
campeão de salas superlotadas. Há
35,8 alunos para cada professor,
maior média entre todos os 43 países pesquisados. Em segundo lugar aparecem as Filipinas, com
uma média de 34,4.
No ensino fundamental, o Brasil
aparece em quarto lugar entre os
países com classes mais lotadas.
Cada professor fica responsável
por 29,7 alunos. O país perde apenas para o Chile (31,3), para as Filipinas (36,4) e para a Índia (52,4).
A média de alunos por professor
no ensino fundamental nos países
da OCDE é de 18,3.
A pesquisa da OCDE também
mediu a escolaridade nos países
pesquisados. Em 96, 92,5% da população brasileira entre 5 e 14 anos
estava matriculada na escola.
Entre os países do Mercosul, o
Brasil ganha do Paraguai (83,3%),
mas perde dos argentinos (99,4%)
e dos uruguaios (96,9%).
Segundo Maria Helena, o Brasil
foi prejudicado na comparação
porque a escolaridade obrigatória
nos dois países só começa aos 7
anos, e no resto do Mercosul, aos
5. O Brasil aparece empatado com
a Argentina na porcentagem da
população entre 25 e 64 anos com
nível superior (9%).
(DF)
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