São Paulo, terça, 24 de novembro de 1998

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Chilena é transferida para hospital

da Reportagem Local

A sequestradora chilena Maria Emília Marchi, em greve de fome há sete dias, foi transferida ontem da enfermaria da Penitenciária Feminina do Butantã para o Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo. Sentindo fraqueza e depressão, ela passou a apresentar, desde ontem, infecção urinária, o que exigiu sua internação.
Segundo o médico Paulo Sampaio, diretor de saúde do sistema penitenciário de São Paulo, ela é, dos oito presos ainda em greve de fome, a que mais preocupa.
No hospital, ela será submetida a exames e terá de tomar antibióticos para combater a infecção. Até o fechamento desta edição, ainda não havia sido definido se Maria Emília continuaria no hospital após o tratamento.
O estado de saúde dos outros presos, que estão no COC (Centro de Observação Criminológica), está piorando, segundo o médico da instituição Ricardo Cypriani.
Cypriani afirmou que já teve de passar um dos presos da cama que ocupava para um colchonete no chão. O preso estaria tendo muitas tonturas e poderia cair da cama.
O médico não quis dizer qual dos sequestradores teve de ser transferido, mas sabe-se que o chileno Sérgio Urtubia foi quem mais perdeu peso até agora -mais de 8 kg- e está tendo vômitos constantes. Segundo Cypriani, o estado de saúde de todos os presos é preocupante. Eles teriam açúcar no sangue "apenas em quantidade suficiente para manter as funções cerebrais".



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