|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vereadores aprovam limites de
20% e 25% para reajustes do IPTU
DA REPORTAGEM LOCAL
O reajuste máximo do IPTU
deste ano será de 20%, para imóveis residenciais, e de 25%, para
os demais. O limite, aprovado ontem pela Câmara Municipal de
São Paulo em votação final, beneficiará 246,7 mil do 1,57 milhão de
contribuintes pagantes, segundo
a administração.
Esses imóveis, agora protegidos
pelo teto, poderiam ter aumentos
de até 250%, caso a proposta não
fosse aprovada.
No total, a limitação de reajuste
do Imposto Predial e Territorial
Urbano resultará em uma redução de cerca de R$ 60 milhões na
arrecadação do tributo neste ano,
agora projetada em R$ 1,9 bilhão.
Com a aprovação da proposta,
fica mantido o cronograma de
distribuição de carnês que já havia sido divulgado pela prefeitura.
A entrega começa no dia 3.
Proposto pela administração, o
teto teve voto de 33 vereadores.
Três parlamentares tucanos
-Dalton Silvano, Willian Woo e
Gilberto Natalini- se abstiveram
de votar depois que um projeto
substitutivo da bancada, defendendo teto de 7%, foi rejeitado em
plenário.
Ou seja: dos 55 vereadores, apenas 36 parlamentares e o presidente, Arselino Tatto (PT), estavam ontem oficialmente em plenário durante a votação, apesar de
a Câmara ter sido convocada para
sessões extraordinárias pela prefeita Marta Suplicy (PT) e pelo
próprio Legislativo.
Convocações
No caso da convocação de Marta, a pauta de votação inclui outros 12 projetos. Mas o governo só
conseguiu, até ontem, aprovar
duas propostas -a alteração no
projeto do IPTU, que tinha sido
aprovado sem os tetos no final do
ano passado, e uma correção no
texto que instituiu a taxa do lixo.
Fora esses dois projetos, a intenção era aprovar também proposta
do vereador José Mentor (PT), líder do governo, que dá anistia
temporária a lojas clandestinas
nos chamados corredores de uso
especial -ruas e avenidas em
bairros residenciais em que há
restrição à atividade comercial.
Polêmica, a proposta não conseguiu apoio integral nem da própria bancada petista. A falta de
acordo em torno da proposta emperrou a votação de outros projetos do governo.
A prefeita também ajudou a polemizar: para justificar a convocação extraordinária, Marta disse
que precisava fazer a alteração no
IPTU, pois os próprios vereadores não tinham proposto o teto.
Na época, ela disse que o projeto
original do imposto, que ela enviou ao Legislativo e foi aprovado
no ano passado, não continha o
teto porque ele fazia parte de uma
"margem de negociação" que o
governo usaria para conseguir
aprovar a proposta.
A declaração irritou vereadores.
Parte deles nem sequer compareceu à Câmara. Por isso, o Legislativo também fez convocação extraordinária para votação de projetos de autoria dos vereadores.
Na pauta, foram incluídos 79
projetos, propostas que serão
analisadas na próxima semana.
Texto Anterior: Administração: Prefeitura posterga para abril o início da cobrança da taxa do lixo Próximo Texto: Marta negocia uma subprefeitura com o PL Índice
|