São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministro diz que fundo acelera a expansão

DA SUCURSAL DO RIO

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Fundeb vai acelerar as metas de expansão e melhoria da qualidade do ensino básico. Ele diz, entretanto, que os gastos não se restringem ao novo fundo. Leia trechos de sua entrevista à Folha.

 

Folha - O Fundeb, apesar de ser um avanço, não deveria ter mais recursos?
Fernando Haddad -
É claro que eu gostaria de mais recursos, mas muitas vezes pensam que a ação do MEC na educação básica vai se restringir ao Fundeb. Não é verdade. Há outros programas com impactos extraordinários que não estão no fundo. É o caso da distribuição de livros didáticos para o ensino fundamental, que foi estendido ao ensino médio.

Folha - O aumento dos recursos não é insuficiente para os novos beneficiados?
Haddad -
Há um conjunto de ações que não estão sendo levadas em consideração nessa conta. Haverá uma otimização da utilização dos recursos. Fizemos um estudo que demonstrou que o jovem que fez a pré-escola tem, em média, 1,7 ano a mais de escolaridade do que quem não fez. (...) Muitas vezes a gente gasta o dobro ou o triplo do necessário pelo fato de a criança não ter freqüentado a pré-escola. Isso é corrigido pelo Fundeb porque ele estrutura a educação básica em seu conjunto.

Folha - Estados e municípios não perderão recursos?
Haddad -
O prefeito ou governador que nos próximos quatro anos tiver disposição para aumentar as matrículas e atender a demanda não tem nada a temer porque será remunerado por isso. O risco de perder ocorre só se a matrícula não for ampliada.


Texto Anterior: Educação: Câmara aprova fundo para ensino básico
Próximo Texto: Para especialistas, há avanço, mas insuficiente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.