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Projeto ajuda seringueiros
da Reportagem Local
A fábrica de preservativos Chico
Mendes, que será instalada em
Xapuri, no Acre, faz parte do projeto de incentivar as famílias seringueiras a sair da periferia das
cidades e voltar para a região de
florestas.
Por esse motivo o governo do
Acre interessou-se em sediar a
primeira fábrica de camisinha nacional. "Esse apoio foi fundamental", diz Pedro Chequer, coordenador dos programas de DST/
AIDS, do Ministério da Saúde.
Hoje, dos 500 mil habitantes do
Acre, apenas 35% vivem na região
de floresta. Na década de 70, esse
percentual era de 80% e em 80, de
apenas 60%. "As famílias abandonaram as florestas", diz Carlos Vicente, secretário de Florestas e Extrativismo do Estado.
Essas famílias, diz ele, são as responsáveis pelo inchaço de Rio
Branco, a capital, localizada a 192
quilômetros de Xapuri. O problema, continua Vicente, é que com
renda mensal de um salário mínimo na periferia, essas famílias vivem na linha de pobreza. Já na floresta, produzem os próprios alimentos, no esquema de roça de
subsistência e acabam tendo mais
qualidade de vida.
Dados do governo do Acre já indicam a migração das periferias
para a floresta, a tal ponto que será feito, ainda este ano, o primeiro
censo dessas comunidades. O objetivo é criar políticas públicas capazes de fixar o homem nessa região. O projeto de repovoamento,
centrado na qualidade de vida do
seringueiro está sendo conhecido,
localmente, pelo nome de "florestania" - uma combinação de floresta com cidadania (GA)
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