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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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Relatório de 2002 revelava ameaças

DA AGÊNCIA FOLHA

O juiz Alexandre Martins de Castro Filho, 32, havia recebido ameaças de morte em meados do ano passado. Outros dois juízes de Vitória Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e Rubens José da Cruz também foram ameaçados.
Seus nomes constam do relatório "Crise de Direitos Humanos no Espírito Santo". O documento, elaborado pela ONG Centro de Justiça Global, foi divulgado em julho do ano passado e enviado às comissões de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Segundo o relatório, os juízes passaram a sofrer ameaças após determinar a prisão de detentos que haviam saído irregularmente para trabalhar em uma empresa do então diretor do IRS (Instituto de Readaptação Social), o capitão da PM Romildo Silva. A Agência Folha não conseguiu localizá-lo.
Nascido no Rio de Janeiro, Castro Filho completaria em abril cinco anos na magistratura do Espírito Santo. Ele era solteiro, namorava e não tinha filhos.
Era conhecido pelo rigor que impunha às investigações contra suspeitos de envolvimento no crime organizado.
O corpo do juiz foi velado ontem no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, com a presença de autoridades do Judiciário, do governo e cerca de mil pessoas.
O enterro será hoje às 15h no cemitério de Inhaúma, no Rio. Assim que desembarcar na capital fluminense, o corpo será levado ao Tribunal de Justiça do Estado, onde será velado até as 14h.


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