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Relatório de 2002 revelava ameaças
DA AGÊNCIA FOLHA
O juiz Alexandre Martins de
Castro Filho, 32, havia recebido
ameaças de morte em meados do
ano passado. Outros dois juízes
de Vitória Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e Rubens José da Cruz
também foram ameaçados.
Seus nomes constam do relatório "Crise de Direitos Humanos
no Espírito Santo". O documento,
elaborado pela ONG Centro de
Justiça Global, foi divulgado em
julho do ano passado e enviado às
comissões de direitos humanos
da ONU (Organização das Nações
Unidas) e da OEA (Organização
dos Estados Americanos).
Segundo o relatório, os juízes
passaram a sofrer ameaças após
determinar a prisão de detentos
que haviam saído irregularmente
para trabalhar em uma empresa
do então diretor do IRS (Instituto
de Readaptação Social), o capitão
da PM Romildo Silva. A Agência
Folha não conseguiu localizá-lo.
Nascido no Rio de Janeiro, Castro Filho completaria em abril
cinco anos na magistratura do Espírito Santo. Ele era solteiro, namorava e não tinha filhos.
Era conhecido pelo rigor que
impunha às investigações contra
suspeitos de envolvimento no crime organizado.
O corpo do juiz foi velado ontem no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, com a presença de autoridades do Judiciário, do governo e cerca de mil pessoas.
O enterro será hoje às 15h no cemitério de Inhaúma, no Rio. Assim que desembarcar na capital fluminense, o corpo será levado
ao Tribunal de Justiça do Estado,
onde será velado até as 14h.
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