DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor regional de ensino de Mauá (ABC paulista), Dárcio Aristides Cerezolli, disse ter sido exonerado do cargo apenas porque resolveu conversar com os grevistas.
"A secretaria interpretou minha atitude como uma negociação", afirmou.
Segundo ele, a Secretaria da Educação queria que a polícia fosse chamada para retirar os manifestantes que ocuparam o prédio da delegacia de ensino, no último dia 11.
Cerezolli afirmou que, em vez disso, decidiu marcar uma reunião para explicar as posições do governo aos grevistas.
No encontro, segundo ele, também foi discutida a colocação de professores extras no lugar dos que estavam parados. "Mas não foi fechada questão sobre isso", afirmou.
Os representantes da subsede da Apeoesp em Mauá disseram que a demissão de Cerezolli representa uma derrota para a categoria, já que o ex-diretor se mostrava disposto ao diálogo.
"Tudo indica que foi uma retaliação. Ele aceitou conversar, não era truculento", disse Juarez Costa, representante da executiva da Apeoesp no município de Mauá.
Cerezolli, que é filiado ao PPS, entrou em férias logo após a sua exoneração do cargo de confiança.
Quando voltar, pretende atuar como diretor de uma escola estadual em Ribeirão Pires (ABC paulista).
A Folha não conseguiu contatar o diretor da região central de São Paulo, João Massarico, até o fechamento desta edição.



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