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Apeoesp desaconselha crianças no ato
DA REPORTAGEM LOCAL
O receio de confronto com a
polícia levou sindicatos a recomendar que os manifestantes não
levem crianças para o ato no Palácio dos Bandeirantes.
A orientação foi enfatizada pelo
comando de greve das entidades
no interior do Estado.
"A gente espera que nada aconteça, mas a resposta da polícia tem
sido truculenta. A reação é imprevisível. Por isso, estamos avisando
os professores: deixem seus filhos
em casa", disse Maria Valéria Barbosa Veríssimo, da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp).
"Eu vi muitas professoras do interior que trouxeram seus filhos e
ficaram apavoradas com a truculência da polícia", afirmou Luiz
Cláudio de Lima, diretor de comunicação da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em
referência ao confronto com a Polícia Militar, na quinta-feira passada, na avenida Paulista.
Coragem
Apesar disso, segundo Lima,
ninguém poderá garantir que não
haverá crianças no protesto.
"Orientamos que o professor participe. Se ele vai ter a coragem de
levar o filho, não podemos impedir. Eu tenho medo de levar as minhas filhas. Ninguém está protegido", disse o diretor de comunicação da Apeoesp.
A entidade admite que a violência na última manifestação, quando 38 pessoas ficaram feridas, pode levar muita gente a desistir de
participar do ato hoje.
"Essas pessoas podem não querer participar novamente. Mas isso vai ser compensado pela indignação de outras, que resolveram
aderir ao movimento depois de
ver a ação da tropa de choque",
afirmou Lima.
Os professores fizeram ontem
novas atividades para mobilizar a
comunidade a apoiar o movimento grevista. As subsedes da
Apeoesp realizaram passeatas e
distribuíram panfletos convocando os pais no Butantã (zona sudoeste), Limão (zona noroeste) e
Mauá (ABC paulista).
A intenção da Apeoesp é levar
mais de 250 ônibus para a concentração, a partir das 13h, em
frente ao estádio do Morumbi. Na
manifestação da avenida Paulista,
a entidade reuniu 200 ônibus da
capital e do interior.
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