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OUTRO LADO
Secretário nega falha de estrutura e critica sindicato
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o secretário estadual da
Educação, Gabriel Chalita, o fenômeno de fugas em massa na
Febem tem três explicações,
nenhuma delas relacionada à
falta de estrutura interna das
unidades. Entre as causas das
fugas, segundo ele, está a convivência de alguns funcionários.
O titular da pasta à qual está
ligada a Febem diz que o maior
número de fugitivos pode ser
resultado de um modelo pedagógico mais aberto. "Sempre
que você faz um trabalho mais
aberto, pedagógico, que deixa o
adolescente menos preso, você
tem um grande possibilidade
de recuperação, mas, por outro
lado, existe uma propensão
maior à fuga", diz o secretário.
Ele também afirma haver indícios de conivência de funcionários em fugas e rebeliões, levantados pela Corregedoria da
Febem em investigação em andamento. "O adolescente só vai
fugir se tiver percepção de que
está fácil fugir, [se tiver] alguém
explicando para ele que o caminho da fuga está liberado."
Sobre esse ponto, Chalita critica o sindicato dos funcionários. "De repente, o sindicato
anuncia num dia que haverá
greve e começa a fazer piquete
na porta das unidades. No dia
seguinte, tem fuga em massa. O
sindicato acaba agindo de forma não muito responsável."
Além disso, para reduzir rebeliões e fugas, o secretário
aposta no isolamento de internos com mais de 18 anos em
alas separadas em presídios comuns. Enquanto a proposta
enviada ao Congresso espera
votação, Chalita defende o aumento na segurança externa.
O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) veta agentes armados dentro das unidades. Segundo o secretário, o governo estuda manter policiais
militares na frente de unidades.
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