São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2004

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Para sindicato, há falta de pessoal

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos funcionários da Febem, Antonio Gilberto da Silva, nega conivência de agentes e afirma que as fugas em massa estão relacionadas à falta de estrutura nas unidades e ao déficit de funcionários.
"O que o secretário [Gabriel Chalita] fala não se escreve, porque ele não tem credibilidade na sociedade", disse Silva.
O sindicato afirma que falta segurança para o trabalho, principalmente em unidades como as do complexo "Franquinho", em Franco da Rocha.
Na época das duas fugas em massa no complexo, a entidade disse que os funcionários eram ameaçados diariamente e corriam risco de morte.
Para o sindicato, o complexo "Franquinho" não tem estrutura para abrigar internos reincidentes graves e existe um déficit de funcionários em torno de 40% a 50%.
A entidade também afirmou, na época da primeira fuga em massa em "Franquinho" (de 109 internos), em março, que alertou a presidência da Febem de que isso poderia acontecer no local.
Para o sindicato, as afirmações de facilitação de rebeliões ou fugas por parte de agentes fazem parte de tentativa da Febem de desmoralizar os funcionários.
O Ministério Público de São Paulo denunciou no ano passado oito funcionários da Febem por supostamente incitar rebeliões no caso conhecido como "máfia da hora extra" -a facilitação dos motins seria uma forma de pressionar a fundação a pagar a jornada extraordinária.
Antonio Gilberto da Silva afirma, porém, que as imagens de um circuito interno de televisão em Franco da Rocha, na qual agentes apareceriam entregando chaves de portas para internos se rebelarem, foram editadas para prejudicar os funcionários.
A contratação emergencial de servidores e o aumento da segurança nas unidades fazem parte de uma pauta de reivindicações do sindicato apresentada à Febem. A categoria promete paralisar as atividades se elas não forem aceitas pela fundação.


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