DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O Tribunal de Justiça do Paraná confirmou a sentença de um juiz de primeira instância condenando a mãe de um ex-skinhead a indenizar e pagar pensão à família de um negro morto no centro de Curitiba, em março de 1996.
Elayne Amaral de Castro Poniewas, a mãe do ex-skinhead, foi considerada responsável civil pelo crime do filho -que tinha, então, 17 anos- e condenada a pagar R$ 30 mil e pensão mensal até o ano em que a vítima completaria 65 anos, segundo decisão da semana passada do tribunal.
O iluminador Carlos Adilson Siqueira, então com 23 anos, recebeu dois tiros na nuca, depois de abordado por skinheads.
Guilherme Amaral de Castro Walter, filho de Poniewas, disse à polícia que usou a arma do padrasto. Ele ficou por cinco anos em escola correcional.
A ação de indenização foi ajuizada pela mãe da vítima, Laly Siqueira, que dependeria do filho para o sustento. O juiz Marco Antonio Antoniassi livrou o pai de Walter da condenação por ele não deter a guarda do filho à época.
O advogado de Poniewas, José Maurício do Rego Barros, disse ontem ainda não saber se ela vai recorrer da sentença. Segundo Barros, Poniewas não tem recursos. Ele disse que o rapaz mudou de cidade e tem emprego, mas não ajuda a mãe. (MARI TORTATO)


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