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Federação quer
obstetras nos
estabelecimentos
DA REPORTAGEM LOCAL
As sociedades médicas
que reúnem obstetras e pediatras dizem que não são
contrárias às casas de parto,
desde que seu projeto seja
repensado e colocado em
prática de outro modo. "A
equipe de uma casa de parto
precisa contar com um médico obstetra, um médico
pediatra, um anestesista e
uma enfermeira obstetra",
diz Edmund Baracat, presidente da Febrasgo, federação de sociedades de ginecologia e obstetrícia. "Só assim
a gestante e seu filho estarão
seguros, pois o parto é um
processo evolutivo sujeito a
possíveis intercorrências."
Baracat cita o caso de prolapso de cordão (enrolamento no bebê), sempre imprevisível, e que exige interferência imediata. "As casas
de parto têm sua função,
mas devem estar anexa a um
centro hospitalar, como
ocorre no Santa Marcelina."
Outra posição é que as casas não são necessárias nos
grandes centros, como São
Paulo e Rio, mas em lugares
onde não há recursos nem
instalações. "É lá que as enfermeiras obstetras teriam
papel fundamental, evitando que as gestantes dêem à
luz sem nenhuma atenção."
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