São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005

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DIA-A-DIA DO MEDO

Universitários de Campinas mudam hábitos como medida de segurança

Jovem faz comboio na volta de festa

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Universitários de Campinas (95 km de São Paulo) estão mudando o comportamento devido aos índices de violência registrados na cidade. Como resultado disso, está diminuindo o ritmo de freqüência nas "baladas" e os jovens estão adotando novas medidas de segurança, como retornar para casa à noite em comboios de carros de amigos.
A estudante de medicina Vivian Campos, 23, é um exemplo. "Além de evitar sair à noite com objetos de valor, geralmente eu volto acompanhada com grupos de amigos em vários carros."
A universitária -que já foi assaltada uma vez- conta ainda que prefere freqüentar shoppings por achar mais seguro. "A sensação de segurança é maior no shopping. Mas também passei a chegar mais cedo em casa após as baladas."
Recém-formada no curso de publicidade, Fernanda Fernandes Iorotti, 22, também freqüenta shoppings. "Meus pais sempre vêm me buscar no shopping. Também escolho melhor os locais que freqüento à noite."
Já a aluna de educação física Camila Míriam Reis, 21, disse ter se tornado uma pessoa "desconfiada" depois que foi assaltada de dia. "Evito dirigir à noite e, quando saio, peço para meus pais me esperarem no portão de casa."
Três municípios da região estão no ranking estadual entre os dez primeiros com maiores índices de homicídio por 100 mil habitantes: Sumaré (1º lugar), Hortolândia (3º) e Campinas (10º).


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