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DIA-A-DIA DO MEDO
Universitários de Campinas mudam hábitos como medida de segurança
Jovem faz comboio na volta de festa
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Universitários de Campinas
(95 km de São Paulo) estão mudando o comportamento devido
aos índices de violência registrados na cidade. Como resultado
disso, está diminuindo o ritmo
de freqüência nas "baladas" e os
jovens estão adotando novas
medidas de segurança, como retornar para casa à noite em comboios de carros de amigos.
A estudante de medicina Vivian Campos, 23, é um exemplo.
"Além de evitar sair à noite com
objetos de valor, geralmente eu
volto acompanhada com grupos
de amigos em vários carros."
A universitária -que já foi assaltada uma vez- conta ainda
que prefere freqüentar shoppings por achar mais seguro. "A
sensação de segurança é maior
no shopping. Mas também passei a chegar mais cedo em casa
após as baladas."
Recém-formada no curso de
publicidade, Fernanda Fernandes Iorotti, 22, também freqüenta shoppings. "Meus pais sempre
vêm me buscar no shopping.
Também escolho melhor os locais que freqüento à noite."
Já a aluna de educação física
Camila Míriam Reis, 21, disse ter
se tornado uma pessoa "desconfiada" depois que foi assaltada de
dia. "Evito dirigir à noite e, quando saio, peço para meus pais me
esperarem no portão de casa."
Três municípios da região estão no ranking estadual entre os
dez primeiros com maiores índices de homicídio por 100 mil habitantes: Sumaré (1º lugar), Hortolândia (3º) e Campinas (10º).
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