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OUTRO LADO
Delegado nega ter protegido os acusados
DA FOLHA RIBEIRÃO
O delegado seccional de Ribeirão Preto, José Manoel de
Oliveira, que responde interinamente pelo Deinter (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), negou protecionismo aos policiais acusados
de libertarem o preso Edson
dos Santos. Os carcereiros teriam sido coniventes à fuga do
preso, que matou um inimigo
que estava em liberdade e retornou à cadeia depois.
Segundo Oliveira, não havia
até ontem indícios suficientes
para afastá-los de suas funções,
mas disse estudar essa possibilidade. Segundo o delegado, a
corregedoria irá apurar a responsabilidade dos policiais.
"Queremos transparência",
afirmou.
Ele disse que a sindicância só
foi aberta agora porque as investigações foram concluídas
no início deste mês.
O secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que uma
investigação não pode durar
dois anos. "A gente investiga,
põe na rua, demite. Adotamos
linha dura, mas há casos como
esses. Descumprimento de regras nós não aceitaremos."
O diretor da cadeia, Cláudio
Ottoboni, que exercia o cargo
quando ocorreu o caso, não foi
encontrado e não respondeu
aos recados deixados em sua
casa pela Folha.
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