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São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2003

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PATRIMÔNIO AMEAÇADO

Dez peças sacras dos séculos 17 e 18 foram levadas em cidade mineira

Mais uma igreja barroca é furtada

Marcos Cambraia
Altar da igreja Santo Amaro, na região do ciclo do ouro, em Minas Gerais, onde houve furto


PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Dez peças sacras dos séculos 17 e 18 foram furtadas anteontem da igreja barroca Santo Amaro, em Santa Bárbara (MG), uma das cidades do ciclo do ouro. Com isso, chega a pelo menos cem o número de peças furtadas das igrejas históricas mineiras neste ano, segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional).
O número não indica o total de peças furtadas. Boa parte das imagens sacras furtadas eram do chamado patrimônio descoberto. Sem os registros, a polícia tem dificuldade de recuperá-las.
É o caso do furto ocorrido no início deste mês na capela Santa Quitéria, em Ouro Preto. Os ladrões levaram sete imagens de santos, talhadas em madeira, dos séculos 18 e 19, e quatro castiçais, também em madeira.
Os órgãos nacional e mineiro do patrimônio histórico e artístico dizem não ter condição de mapear e cuidar de toda a riqueza histórica e cobram envolvimento dos municípios.
O site do Iphan (www.iphan.gov.br) tem algumas peças desaparecidas nas últimas décadas. São 799 registros no país, sendo 109 em Minas Gerais.
A assessoria do Iphan informou que o furto na igreja Santo Amaro tem todas as características de ter ocorrido "sob encomenda" de colecionadores de peças sacras. Foram levados o calvário de marfim e madeira do altar-mor, com detalhes dourados. Integram a peça uma montanha, o Cristo na cruz, uma imagem de Nossa Senhora e outra de são João Evangelista.
Os ladrões levaram ainda quatro palmas de madeira policromada, da bancada do altar, e um Cristo pequeno, tirado da cruz.


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