São Paulo, quarta-feira, 25 de julho de 2007

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Vôo da TAM "lotado" para Brasília tinha 13 poltronas vazias

VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

De volta de uma viagem aos Estados Unidos com meus dois filhos, tive de enfrentar na segunda o caos nos aeroportos de São Paulo. Com passagem marcada para Brasília às 13h54, fui apresentado a todos os tipos de opções pela companhia aérea logo após descobrir que o aeroporto de Congonhas estava fechado, menos a que os meus filhos mais desejavam: estar em casa naquele mesmo dia.
Logo depois de desembarcar do vôo de Miami, por volta das 9h30, procurei um balcão da companhia aérea para checar se era possível transferir o vôo de Congonhas para Cumbica.
Meu desejo era evitar os congestionamentos entre os dois aeroportos e tentar chegar em casa mais cedo. Um funcionário informou que só havia um horário às 17h50 e que minha melhor opção era ir para Congonhas. Isso ocorreu por volta das 11h. Já me dirigia para o ponto de táxi quando ouvi protestos de passageiros dizendo que Congonhas estava um caos.
Procurei outro balcão da TAM. Nova informação. Não adiantava tentar ir para Congonhas porque o aeroporto estava fechado. Aconselharam-me a entrar numa fila de uma loja da companhia para tentar vaga no vôo das 17h50. Lá fomos nós.
Ao ser atendido, a funcionária disse que era impossível embarcar naquele dia. Os dois vôos para Brasília estavam lotados. Ofereceu-me uma passagem na quinta. Praticamente implorei por uma vaga naquela segunda, usando o argumento de estar com dois filhos menores, cansados de uma viagem.
A funcionária disse que iria conversar com seu superior, voltou e disse que havia conseguido uma vaga para terça pela manhã. Já veio com os cartões de embarque. Nem quis saber se essa era minha opção.
Conversei com meus filhos e decidi que talvez fosse melhor alugar um carro e ir a Belo Horizonte, cidade da minha família. De lá, no dia seguinte, eles iriam a Brasília. Fui até as locadoras. Veículo disponível somente após três ou quatro horas. Viajaria à noite. Desisti.
Voltei à loja da TAM para checar se não seria possível transferir meu vôo para outra companhia. A mesma funcionária disse que, depois do cartão de embarque emitido, não havia jeito. Ou viajava ou perdia a passagem. Tive de dizer que não era bem assim, que poderia recuperar o bilhete.
Após uma curta discussão, ela admitiu que era possível. Cancelou os cartões de embarque, devolveu os bilhetes e aconselhou procurar a American Airlines. Resignado, fui procurar a companhia.
No meio do caminho, trombei com outra funcionária da TAM. Resolvi pedir ajudar. Depois de contar minha situação, ela me levou a outro guichê da TAM. Aí, surpresa, veio a informação. Eu acabava de conseguir as últimas três vagas no vôo das 17h50, para Brasília.
Por volta das 19h, o vôo 3818, com destino a Palmas e escala em Brasília, decolou. Olhei para o lado e notei que havia dois lugares vagos. Assim que o avião estabilizou, não resisti. Fui checar se havia outros lugares vazios. Ao todo, contei 13. Lembrei dos outros passageiros que ouviram o mesmo "não". Não localizei nenhum deles no vôo.


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