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Vôo da TAM "lotado" para Brasília tinha 13 poltronas vazias
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De volta de uma viagem aos
Estados Unidos com meus dois
filhos, tive de enfrentar na segunda o caos nos aeroportos de
São Paulo. Com passagem marcada para Brasília às 13h54, fui
apresentado a todos os tipos de
opções pela companhia aérea
logo após descobrir que o aeroporto de Congonhas estava fechado, menos a que os meus filhos mais desejavam: estar em
casa naquele mesmo dia.
Logo depois de desembarcar
do vôo de Miami, por volta das
9h30, procurei um balcão da
companhia aérea para checar
se era possível transferir o vôo
de Congonhas para Cumbica.
Meu desejo era evitar os congestionamentos entre os dois
aeroportos e tentar chegar em
casa mais cedo. Um funcionário informou que só havia um
horário às 17h50 e que minha
melhor opção era ir para Congonhas. Isso ocorreu por volta
das 11h. Já me dirigia para o
ponto de táxi quando ouvi protestos de passageiros dizendo
que Congonhas estava um caos.
Procurei outro balcão da
TAM. Nova informação. Não
adiantava tentar ir para Congonhas porque o aeroporto estava
fechado. Aconselharam-me a
entrar numa fila de uma loja da
companhia para tentar vaga no
vôo das 17h50. Lá fomos nós.
Ao ser atendido, a funcionária disse que era impossível
embarcar naquele dia. Os dois
vôos para Brasília estavam lotados. Ofereceu-me uma passagem na quinta. Praticamente
implorei por uma vaga naquela
segunda, usando o argumento
de estar com dois filhos menores, cansados de uma viagem.
A funcionária disse que iria
conversar com seu superior,
voltou e disse que havia conseguido uma vaga para terça pela
manhã. Já veio com os cartões
de embarque. Nem quis saber
se essa era minha opção.
Conversei com meus filhos e
decidi que talvez fosse melhor
alugar um carro e ir a Belo Horizonte, cidade da minha família. De lá, no dia seguinte, eles
iriam a Brasília. Fui até as locadoras. Veículo disponível somente após três ou quatro horas. Viajaria à noite. Desisti.
Voltei à loja da TAM para
checar se não seria possível
transferir meu vôo para outra
companhia. A mesma funcionária disse que, depois do cartão de embarque emitido, não
havia jeito. Ou viajava ou perdia a passagem. Tive de dizer
que não era bem assim, que poderia recuperar o bilhete.
Após uma curta discussão,
ela admitiu que era possível.
Cancelou os cartões de embarque, devolveu os bilhetes e
aconselhou procurar a American Airlines. Resignado, fui
procurar a companhia.
No meio do caminho, trombei com outra funcionária da
TAM. Resolvi pedir ajudar. Depois de contar minha situação,
ela me levou a outro guichê da
TAM. Aí, surpresa, veio a informação. Eu acabava de conseguir as últimas três vagas no
vôo das 17h50, para Brasília.
Por volta das 19h, o vôo 3818,
com destino a Palmas e escala
em Brasília, decolou. Olhei para
o lado e notei que havia dois lugares vagos. Assim que o avião
estabilizou, não resisti. Fui checar se havia outros lugares vazios. Ao todo, contei 13. Lembrei dos outros passageiros que
ouviram o mesmo "não". Não
localizei nenhum deles no vôo.
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