DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento anual das locadoras no Brasil subiu 69% entre 1998 e 2002 -de R$ 1,34 bilhão para R$ 2,26 bilhões. A quantidade de usuários saltou em proporção semelhante, de 5,1 milhões para 8,3 milhões. Essas empresas eram responsáveis por 4,7% do volume de compras da produção automobilística -agora, são por 8,1%. A frota delas saltou de 112 mil para 178 mil, e a previsão é que atinja 500 mil em cinco anos.
Esses indicadores dão um recado: os problemas para São Paulo causados pela frota emplacada em outros Estados tendem a crescer em ritmo acelerado se a guerra fiscal do IPVA não for estancada e se o problema da cobrança das multas interestaduais de trânsito não for solucionado rapidamente.
O potencial de crescimento do mercado de locação de veículos se concentra principalmente no turismo e na terceirização da frota -sistema adotado por empresas que julgam mais vantajoso fazer contratos periódicos para usar carros das locadoras do que manter frota própria.
As diárias para lazer foram as que mais cresceram nos últimos anos. Em 1998, elas eram 12% do segmento. Em 2002, 20%.
"Todo mundo que viaja é um potencial locatário. E a quantidade de viagens nacionais aumentou bastante, em razão do barateamento das passagens aéreas, da desvalorização do real e até do 11 de Setembro", diz Luiz Antonio Cabral, da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis.
O setor negocia financiamentos do BNDES para ampliação da frota -cuja idade média é atualmente de 15 meses. Também foi lançado um projeto pela internet (www.abla.com.br), chamado de "Aluguel para todos" para facilitar a consulta de preços e possibilitar a antecipação das locações de quem vai viajar. (AI)

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