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Tombado, casarão em Botafogo não atrai comprador
Palacete de 1910 foi construído em zona nobre do Rio de Janeiro em estilo eclético francês; terreno tem 8.024 m˛
Tombamento afasta incorporadoras em busca de áreas livres; imóvel está fechado desde o ano de 2005
DENISE MENCHEN
DO RIO
Em pleno boom imobiliário do Rio, dez herdeiros de
um casarão de 1.750 m˛ construído em 1910 em Botafogo,
na zona sul da cidade, tentam, sem sucesso, vendê-lo.
O imóvel está fechado desde 2005, ano da morte de seu
último morador, Francisco
Eduardo de Paula Machado.
Em estilo eclético francês,
o palacete foi construído pelo
empresário Cândido Gafrée
em um terreno de 8.024 m˛.
Ele pretendia se mudar para o local com a família, mas,
pouco antes do término da
obra, perdeu a mulher e o filho durante o parto.
A casa virou presente de
casamento para Celina Guinle de Paula Machado, filha
de seu sócio, Eduardo Palassin Guinle. O último habitante era filho de Celina.
Tombado pelo Estado e pelo município, o palacete tem
de ser preservado, o que afasta as incorporadoras em busca das raras áreas livres para
novos empreendimentos.
"Um terreno desses, que
tem uma localização rara,
atingiria os melhores preços
de Botafogo, na faixa de
R$ 7.500 a R$ 8.000 por metro quadrado", estima o vice-presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de
Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro), Rubem Vasconcelos.
Com base nessa avaliação,
o imóvel valeria entre R$ 60
milhões e R$ 64 milhões.
"Mas, como a casa é tombada, não há parâmetro."
A prefeitura confirmou recentemente que estava negociando sua aquisição por
R$ 10 milhões. Notas em jornais cariocas cogitaram que
ali seria a sede da fundação
Lula, informação não confirmada pela prefeitura.
Enquanto o destino do casarão não é definido, sua
área externa é cenário da novela "Escrito nas Estrelas"
(Rede Globo).
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