São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2005

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EDUCAÇÃO

Paralisação de professores não afeta aulas

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

Ontem, primeiro dia de greve dos professores da rede estadual, praticamente não houve prejuízo às aulas. Segundo a Secretaria da Educação, apenas 2 das 2.299 escolas na Grande São Paulo tiveram as atividades prejudicadas.
A nota oficial do governo afirma que não houve paralisação em nenhuma das 4.200 escolas de todo o Estado ontem.
A Apeoesp (sindicato dos professores) admitiu que a paralisação foi pequena ontem, mas alegou que o dia foi utilizado para explicar aos alunos os motivos do movimento. A previsão da entidade é que a partir de hoje as aulas comecem a ser prejudicadas.
"É um processo de convencimento", disse o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro. Os alunos foram instruídos a retornar à escola só na sexta-feira, um dia depois da próxima assembléia da categoria.
A greve foi aprovada na última sexta-feira. Os professores exigem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) desista definitivamente de alterar a forma de contratação dos funcionários temporários. O tucano enviou, e depois recuou, um projeto à Assembléia Legislativa que previa que esses professores poderiam trabalhar por até um ano. Depois desse período, teriam de ficar dois anos fora da rede. Hoje, eles podem atuar por tempo indeterminado.
A Apeoesp considera que não deve ocorrer nenhuma mudança nesses contratos, por entender que pode haver a demissão de 120 mil professores, número de docentes temporários, segundo o sindicato. O governo estadual afirma que são 113 mil.
Alckmin disse ontem, em Santos (SP), que a greve é política. "A greve é zero. A Apeoesp é "Apeoest", é um braço do PT. Não tem greve nenhuma." Alckmin foi recebido com vaias por pessoas com bandeiras do sindicato. "Não há razão para greve porque não há nenhum projeto na Assembléia. Nem será enviado".


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