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EDUCAÇÃO
Paralisação de professores não afeta aulas
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
Ontem, primeiro dia de greve
dos professores da rede estadual,
praticamente não houve prejuízo
às aulas. Segundo a Secretaria da
Educação, apenas 2 das 2.299 escolas na Grande São Paulo tiveram as atividades prejudicadas.
A nota oficial do governo afirma
que não houve paralisação em nenhuma das 4.200 escolas de todo
o Estado ontem.
A Apeoesp (sindicato dos professores) admitiu que a paralisação foi pequena ontem, mas alegou que o dia foi utilizado para
explicar aos alunos os motivos do
movimento. A previsão da entidade é que a partir de hoje as aulas
comecem a ser prejudicadas.
"É um processo de convencimento", disse o presidente da
Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro. Os alunos foram instruídos a
retornar à escola só na sexta-feira,
um dia depois da próxima assembléia da categoria.
A greve foi aprovada na última
sexta-feira. Os professores exigem
que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) desista definitivamente de alterar a forma de contratação dos funcionários temporários. O tucano enviou, e depois
recuou, um projeto à Assembléia
Legislativa que previa que esses
professores poderiam trabalhar
por até um ano. Depois desse período, teriam de ficar dois anos
fora da rede. Hoje, eles podem
atuar por tempo indeterminado.
A Apeoesp considera que não
deve ocorrer nenhuma mudança
nesses contratos, por entender
que pode haver a demissão de 120
mil professores, número de docentes temporários, segundo o
sindicato. O governo estadual
afirma que são 113 mil.
Alckmin disse ontem, em Santos (SP), que a greve é política. "A
greve é zero. A Apeoesp é
"Apeoest", é um braço do PT. Não
tem greve nenhuma." Alckmin
foi recebido com vaias por pessoas com bandeiras do sindicato.
"Não há razão para greve porque
não há nenhum projeto na Assembléia. Nem será enviado".
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